Material
do Cursinho
Literatura
Serie:
1º ano
Momento
lúdico
Durante
a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) e a Segunda Guerra Mundial (1939 –
1945), alguns países trocaram mensagens secretas. Para que elas ficassem
ocultas do inimigo, foi necessário inventar diferentes códigos. O texto abaixo,
tirado de um livro de aventura, é também uma mensagem secreta.
Leia
e decifre o código, depois responda as questões propostas
ORIENO MIT ROP SADI DNOCSE SAT SIPELAT IVMEG ASN EMAMU OÃR ARTNOC NE OÃNES “SIAREC EDSOÃRG
REOM A RAPOHNEGNE” OÁTSE EDNO RAGU LONZIRAN ORETEM MEDOP OÃN OTIPER MEDOP OÃ
NSETOX IPSIOD SOESA NOJ OIT
A
literatura e a correspondência
Todas
as cartas de amor
Fernando
Pessoa
Todas
as cartas de amor são
Ridículas.
Não
seriam carta de amor se não fossem
Ridículas.
Também
escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como
as outras,
Ridículas.
As
cartas de amor, se há amor,
Têm
de ser ridículas.
Mas,
afinal,
Só
as criaturas que nunca escreveram
Cartas
de amor
É
que são
Ridículas.
Quem
dera no tempo em que escrevia
Sem
dar por isso
Cartas
de amor
Ridículas.
A
verdade é que hoje
As
minhas memórias
Dessas
cartas de amor
É
que são
Ridículas
(Todas
as palavras esdrúxulas,
Como
os sentimentos esdrúxulos,
São
naturalmente
Ridículas)
Interpretação
1.
Qual é a temática (assunto) do texto?
2.
A linguagem do texto abordado é
culta-formal ou coloquial-informal? Justifique com elementos do texto.
3.
O texto é literário ou não-literário?
4.
Que palavra do trecho “Todas as cartas
de amor são/Ridículas” pretende torná-lo
incontestável?
5.
O eu lírico fala baseado em sua
experiência? Em que verso ele afirma isso?
6.
Segundo o eu lírico que fato faz com
que, necessariamente, as cartas de amor se tornem ridículas?
7.
A 1ª estrofe do poema de Fernando Pessoa
deixa claro o seu conteúdo: desdenhar das cartas de amor. Essa afirmação é
verdadeira?
8.
Lendo a 6ª estrofe, pode-se afirma que o
eu lírico está casado ou solteiro ou separado? Justifique.
Intertextualidade
Pode-se definir
a intertextualidade como sendo um "diálogo" entre textos. Esse diálogo
pressupõe um universo cultural muito amplo e complexo, pois implica a
identificação e o reconhecimento de remissões a obras ou a trechos
mais ou menos conhecidos.
Dependendo da
situação, a intertextualidade tem funções diferentes que dependem dos
textos/contextos em que ela é inserida.
Evidentemente, o
fenômeno da
intertextualidade está ligado ao "conhecimento do mundo", que deve
ser compartilhado, ou seja, comum ao produtor e ao receptor de textos.
O diálogo pode
ocorrer em diversas áreas do conhecimento, não se restringindo única e
exclusivamente a textos literários.
Na pintura tem-se, por
exemplo, o quadro do pintor barroco italiano Caravaggio e a fotografia
da americana Cindy Sherman, na qual quem
posa é ela mesma.
O quadro de
Caravaggio foi pintado no final do século XVI, já o trabalho fotográfico de Cindy Sherman
foi produzido quase quatrocentos anos mais tarde.
Na foto, Sherman
cria o mesmo ambiente e a mesma atmosfera sensual da pintura, reunindo um
conjunto de elementos: a coroa de flores na cabeça, o contraste entre claro e
escuro, a sensualidade do ombro nu etc.
A foto de Sherman é uma recriação do
quadro de Caravaggio e, portanto, é um tipo de intertextualidade na pintura.
Na publicidade, por exemplo,
em um dos anúncios do Bombril, o ator se
veste e se posiciona como se fosse a Mona
Lisa de
Leonardo da Vinci e cujo slogan
era "Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima".
Esse enunciado
sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e mais
perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima (se referindo ao quadro de Da Vinci).
Nesse caso
pode-se dizer que a intertextualidade assume a função de não só persuadir o
leitor como também de difundir a cultura, uma vez que se
trata de uma relação com a arte (pintura, escultura, literatura etc).
Intertextualidade é a relação
entre dois textos caracterizada por um citar o outro.
Paráfrase
Paráfrase consiste em
reescrever com suas palavras as ideias centrais de um texto.
Consiste em um
excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese,
clareza e precisão vocabular.
A paráfrase mantém o sentido do texto original.
Paráfrase
representa uma reescritura do texto original com novas palavras sem que o
sentido do mesmo seja modificado.
Assim, a
paráfrase é uma reprodução da idéia do autor com as palavras do discente
(aluno), utilizando-se de sinônimos, inversões de períodos, etc. Trata-se de
reescrever o texto original com as palavras do aluno, mas sem alterar o
sentido.
O autor da
paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a idéia do texto. Além disso,
são exigências de uma boa paráfrase:
1. Utilizar a mesma ordem de idéias que
aparece no texto original.
2. Não omitir nenhuma informação
essencial.
3. Não fazer qualquer comentário acerca
do que se diz no texto original.
4. Utilizar construções que não sejam
uma simples repetição daquelas que estão no original e, sempre que possível, um
vocabulário também diferente
COMPREENDENDO
E PRATICANDO A PARÁFRASE:
Texto
Original:
PARA
ONDE?
Assim dá para organizar bolsa de apostas: qual será , afinal, o destino de Fernandinho Beira-Mar? Os advogados do traficante tentam, no STJ, anular a decisão do Ministério da Justiça e garantir sua volta para Bangu 1 Mas o ministro da Justiça, embora afirme que Beira –Mar não permanecerá mais do que trinta dias preso em São Paulo, garante que ele não voltará para o Rio e nem será transferido para o Acre.
Assim dá para organizar bolsa de apostas: qual será , afinal, o destino de Fernandinho Beira-Mar? Os advogados do traficante tentam, no STJ, anular a decisão do Ministério da Justiça e garantir sua volta para Bangu 1 Mas o ministro da Justiça, embora afirme que Beira –Mar não permanecerá mais do que trinta dias preso em São Paulo, garante que ele não voltará para o Rio e nem será transferido para o Acre.
(Jornal
Zero Hora, março de 2003)
PARÁFRASE:
PARA ONDE?
PARA ONDE?
Dessa
forma é possível organizar bolão de apostas: qual deverá ser, finalmente, o
destino de Fernandinho Beira-Mar? Os advogados do traficante buscam, no STJ, a
anulação da decisão do Ministério da Justiça, o que garantiria seu retorno a
Bangu 1. Porém, o ministro da Justiça, apesar de afirmar que Beira-Mar
permanecerá no máximo 30 dias preso em São Paulo, assegura que o detento não
retornará para o Rio e também não será transferido para o Acre.
Conforme
você pode perceber nos textos acima, a PARÁFRASE é uma atividade de
REFORMULAÇÃO de partes ou da totalidade de um texto . É um mecanismo
sintático que cria alternativas de expressão para um mesmo conteúdo.
Há
várias maneiras de elaborar paráfrases e transformar um enunciado “ A “ em um
enunciado “ B”. Observe os exemplos a seguir:
Exemplo 1:
Exemplo 1:
Pegue
o pano e enxugue a louça.
Pegue o pano e seque a louça.
Pegue o pano e seque a louça.
Explicação:
O verbo "enxugar "foi trocado por seu sinônimo "secar".
Essa é uma transformação que utiliza sinônimos.
Exemplo
2 :
As
filhas do gerente do banco foram convidadas para a festa de formatura.
As
moças mais bonitas do meu bairro foram convidadas para a festa de
formatura.
Explicação:
"As filhas do gerente do banco" e "As moças mais bonitas do
meu bairro" não são necessariamente expressões sinônimas, mas, num
determinado contexto , referem-se às mesmas pessoas.
Exemplo 3: A mãe contou a história ao filho.
A história, ao filho, a mãe contou.
Exemplo 3: A mãe contou a história ao filho.
A história, ao filho, a mãe contou.
Explicação:
Os termos da oração são simplesmente deslocados de lugar, sem que haja
necessidade de alterar a construção verbal . ( processo de inversão de
elementos )
Paródia
A Paródia
é uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma
composição literária, (também existem paródias de filmes e músicas),
sendo portanto, uma imitação que geralmente possui efeito cômico, utilizando a ironia e o deboche.
Ela geralmente é
parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes.
Na literatura a
paródia é um processo de intertextualização, com a
finalidade de desconstruir ou reconstruir um texto.
A paródia surge
a partir de uma nova interpretação, da recriação
de uma obra já existente e,
em geral, consagrada.
Seu objetivo é adaptar a obra original a um
novo contexto, passando
diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da
obra original para passar um pouco de alegria. A paródia pode ter
intertextualidade.
As variedades lingüísticas
CHOPIS CENTIS
Eu “di” um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos no shopping
Pra “mode” a gente lanchar.
Comi uns bicho estranho, com um
tal de gergelim.
Até que “tava” gostoso, mas eu
prefiro
aipim.
Quanta gente,
Quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário
nas
Casas Bahia.
Esse tal Chopis Centis é muito
legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
“rolezinho”,
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos
andaime.
Pra pegar um cinema, ver
Schwarzneger
E também o Van Damme.
(Dinho e Júlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)
1. Nessa
música, o grupo intencionalmente explora uma variante lingüística. Para isso,
cria uma personagem que teria determinadas características de fala. No terceiro
verso, temos uma construção que está em desacordo com a norma culta.
Identifique-a e reescreva-a em língua culta.
2. Pouco
sabemos sobre a pessoa que fala nessa música, mas, por algumas pistas do texto,
podemos
imaginar. Na sua opinião, qual deve ser:
a) o grau de escolaridade dela? c) a classe social a que
ela pertence?
b) a profissão? d) os filmes a que normalmente ela assiste?
3. No
3o. verso da 3a. estrofe, é empregada uma gíria: “uns rolezinho”. Imagine o
sentido dessa expressão, a partir do contexto.
4. Existem
alguns termos na letra da música que também podem nos dar pistas sobre a origem
da pessoa que fala na música: “mode” e “aipim”. Em que região do país esses
termos são popularmente empregados?
À MODA CAIPIRA
Para a Sonia Junqueira, pela parceria e amizade.
U musquitu ca mutuca
num cumbina.
U musquitu pula
i a mutuca impina.
U patu ca pata
num afina.
U patu comi grama
i a pata qué coisa fina.
U gatu cum u ratu
vivi numa eterna luita.
U ratu vai cumê queiju,
vem um gatu i insurta.
U galu ca galinha
num pareci casadu.
A galinha vai atrais deli
i u galu sarta di ladu.
U pavão ca pavoa
mais pareci muléqui.
A pavoa passa réiva
e eli só abri u léqui.
U macacu ca macaca
num pareci qui si ama:
ela pedi um abraçu,
ele dá uma banana…
Eu mais ocê cumbina
qui dá gostu di vê:
eu iscrevu essas poesia
i ocê cuida di lê…
(Cantos de encantamento. Belo
Horizonte: Formato, 1996. p. 22.)
1. Ao escrever esse poema, o autor não obedeceu às
regras ortográficas da língua portuguesa.
a) Por que o autor escreveu o texto desse modo?
b) Qual é o dialeto que o autor usou para escrever o poema?
2. Compare as palavras abaixo. As da coluna da esquerda estão
escritas de acordo com as regras ortográficas, e as da coluna da direita estão escritas
conforme aparecem no poema.
mosquito musquitu
pato patu
rato ratu
a)
Quais dessas palavras lembram
mais o nosso jeito de falar?
b) Conclua: Nosso jeito de falar sempre corresponde ao modo como
as palavras são escritas?
Presada Cenhora,
Quero candidatarme pra o lugar
de auçiliar de iscritório que vi no jornau. Eu teclo muito de pressa con um
dedo e fasso contas ben.
Axo que sou bom ao tefone em bora
seija uma peçoa sem muito extudo.
O meu salario tá aberto há
discução pra que a senhora possa ver o que mi pode pagar e a Cenhora axar qui
eu meresso.
Pósso comessar imediatamente.
Agradessido em avanso pela sua resposta.
Cinceramente,
José Machado Valente
PS : Como o meu currico é
muinto piqueno, abaicho tem 1 foto minha.
Foto
censurada
Resposta da selecionadora:
Querido José Machado,
O emprego é seu. Nós temos correção automática no
word. Compareça já amanhã.
Figuras
de linguagem
Definição:
também chamadas de figuras de estilo, são recursos especiais de que se vale
quem fala ou quem escreve, para comunicar à expressão mais força, intensidade e
beleza.
São 3 tipos:
·
Figuras
de palavras (tropos - desvio)
·
Figuras
de construção (sintaxe)
·
Figuras
de pensamento
FIGURAS
DE PALAVRAS
Metáfora:
comparação mental entre dois seres ou fatos
Tio José é uma
fera. Paulo é um poste.
Comparação:
identificação de elementos a partir de características comuns, destacando
semelhanças, traços comuns.
Tio José é bravo
como uma fera. Paulo é alto
como um poste.
Antítese/paradoxo:
oposição, antônimo, ideias contrastantes no primeiro caso; no segundo por
ideias absurdas.
A tristeza de
uns é a alegria de outros. Amo-te
assim: meio odiosamente.
Catacrese:
metáfora forçada, já desgastada pelo uso. O nome diz significa abuso.
Pé da mesa,
aterrissar em alto mar.
Metonímia/sinédoque:
relação de sentido e a associação de ideias provocam a substituição de um termo
por outro.
Estou vendo o filme
de Spielberg. (autor pela obra)
Os aviões
semeavam a morte. (causa: bombas,
efeito: morte)
A terra inteira chorou a morte de João Paulo II.
(continente pelo conteúdo)
Ele é um bom garfo. (instrumento pela pessoa)
Eufemismo:
atenuação de ideia desagradável por uma mais suave.
Ir para o Reino
de Deus. Faltar com a verdade (chamar de mentiroso)
Pessoa
problemática (neurótica) Mal incurável (AIDS)
Apropriar-se
(roubar) Amigo do alheio (ladrão)
Deixar o mundo dos vivos (morrer)
Perífrase/antonomásia:
designar um ser através de uma característica que o tenho celebrizado.
A capital da
República. A cidade-luz. O rei dos animais. Ouro negro.
Cidade
maravilhosa.
Sinestesia:
transferência de percepções da esfera de um sentido para a de outro, do que resulta
uma fusão de impressões sensoriais de grande poder sugestivo, ou seja, na
utilização simultânea de alguns dos cinco sentidos.
Sons noturnos.
Perfumes macios. Fresca musica da brisa Agora, o cheiro áspero das flores.
Hipérbole:
exagerar uma ideia para obter maior impacto em sua expressão.
Ele chorou um
rio de lágrimas. Eu estou morrendo de fome.
Ironia: inverter
o sentido de uma afirmação visando a ridicularizarão da ideia.
Cássio é o
melhor governador do universo.
Prosopopéia/personificação:
personificação ou animismo de seres que não são humanos.
Milho foi o
grande vilão da temporada.
A solidão é
fera, solidão devora, é amiga das horas, prima e irmã do tempo.
FIGURAS
DE CONSTRUÇÃO
Polissíndeto:
repetição de uma conjunção no inicio ou meio da oração.
Trabalha, e
temia, e lima, e sofre, e sua.
Assíndeto:
ausência de conectivos, conjunções.
O mosquito
pernilongo/trança as pernas, faz um M,/depois, treme, treme, treme,
faz um O
bastante oblongo,/faz um S.
Hipérbato/inversão:
inversão da ordem direta dos termos da oração a fim de dar destaque.
Justo ela diz
que é, mas eu não acho que não.
Ouviram do
Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante.
As margens
plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.
Elipse: termo
oculto facilmente identificável.
Fomos à tarde,
chegamos à noite. (nós)/ De dia, me lava roupa/ De noite, me beija a boca.
(ela)
Zeugma: omissão
de um termo já enunciado anteriormente.
Todo dia ela faz
tudo sempre igual,/Me acorda às 6 horas da manhã,/ Me sorri um sorriso pontual/
E me beija com a boca de hortelã.
(zeugma: todo
dia)
Anáfora:
repetição de uma palavra no inicio da frase ou de versos.
Já fui loura. Já
fui morena.
Já fui Margarida
e Beatriz,
Já fui Maria e
Madalena.
Anacoluto:
abandonar um termo solto na frase.
A memória, é em
nós que ela existe,
É como um
inventário de coisas.
A filha dele, a
mãe era muito mais alta e mais encorpada.
Pleonasmo:
repetição de um termo para reforçar seu significado.
A mim resta-me a
independência para chorar.
Foi o que eu vi
com meus próprios olhos.
Obs. Cuidado
para não virar vício de linguagem, como descer para baixo, subir para cima.
Gradação/clímax:
enumeração de palavras de forma organizada, de modo a provocar um clímax.
Tudo na casa era
cinza, nebuloso, assustador. Foi um tímido, um frouxo, um covarde.
Apóstrofe:
evocação ou interpelação enfática de pessoas ou seres.
Santa Virgem
Maria, vós que sois mãe do canto e do dia, dá-nos a luz do luar.
Oh! Deus. Onde
estás que não respondes...
Silepse:
concordância ideológica e não com os termos da frase.
São de três
tipos:
·
Gênero:
Vossa Excelência está ansiosa. (feminino)
·
Número:
A família inteira aplaudiram cada palavra dita pelo padre.
·
Pessoa:
Alegres, tolerantes, bonachões: todos em Taitara éramos assim antigamente,
antes da chegada de tio Baltazar.
Reiteração:
retificar uma afirmação anterior
É uma jóia, ou
melhor, uma preciosidade, esse quadro.
Paradoxo/oxímoro:
usar intencionalmente um contra-senso.
Valentia covarde
assaltar e matar pessoas indefesas.
FIGURAS
DE PENSAMENTO
Aliteração:
repetição de uma consoante
O rato roeu a
roupa do rei de Roma e a rainha com raiva rasgou o resto.
Assonância:
repetição de um som vocálico.
A linha feminina
é carimá/ moqueca, pititinga, caruru...
Onomatopéia:
representação de certos sons, produzidos por animais ou coisas, ou mesmo de
certos sons humanos
O tic tac do
relógio me incomoda.
A abelha faz zum
zum.
VÍCIOS
DE LINGUAGEM
São incorreções
e defeitos na língua falada ou escrita. Originam-se do descaso ou do despreparo
lingüístico de quem se expressa. Os principais são:
Ambiguidade:
duplo sentido
Vi Célia
passando com sua irmã.
Barbarismo:
palavras erradas, relativamente a pronúncia, forma ou significação
Cidadões, Fazem
dez anos...
Cacofonia: som
desagradável ou palavra de sentido ridículo e torpe, resultantes da
contigüidade de certos vocábulos na frase.
A boca dela.
Mande-me já isso. Nunca Brito vinha aqui. A dis-puta...
Estrangeirismo:
uso de palavras, expressões ou construções próprias de línguas estrangeiras
(galicismo, francesismo etc.)
Menu/ lady/
Office-boy
Hiato: seqüência
antifônica de vogais.
Andréia irá
ainda hoje ao oculista.
Colisão:
sucessão desagradável de consoantes iguais ou idênticas.
O que se sabe
sobre o sabre, viaja já, aqui caem cacos
Eco:
concorrência de palavras que tem a mesma terminação.
A flor tem odor
e frescor. Com medo, Alfredo ocultou-se
no arvoredo.
Pleonasmo:
redundância, presença de palavras supérfluas na frase.
Entrar pra
dentro, sair pra fora, brisa matinal da manhã.
Linguagem
denotativa: sentido real: O muro é de
pedra.
“Uma sociedade
extremamente organizada, que não possui nenhum tipo de liderança. Parece
impossível? Não no mundo das formigas. Pertencentes ao grupo de insetos
sociais, elas vivem em colônias. Dentro do ninho, as tarefas são divididas
entre as castas e cada uma cumpre seu papel.
A maioria das formigas em uma colônia é formada por fêmeas, reprodutoras (rainhas) e não reprodutoras (operárias). Essas últimas fazem o trabalho pesado: constroem o ninho, coletam comida e água, limpam, alimentam machos, larvas, e em alguns casos a rainha, e protegem o formigueiro. Em certas espécies, as soldados diferem-se das operárias comuns por terem partes do corpo maiores, principalmente cabeça e mandíbulas.”
(Juliana Tiraboschi, As poderosas da terra, Galileu, jan/2007)
A maioria das formigas em uma colônia é formada por fêmeas, reprodutoras (rainhas) e não reprodutoras (operárias). Essas últimas fazem o trabalho pesado: constroem o ninho, coletam comida e água, limpam, alimentam machos, larvas, e em alguns casos a rainha, e protegem o formigueiro. Em certas espécies, as soldados diferem-se das operárias comuns por terem partes do corpo maiores, principalmente cabeça e mandíbulas.”
(Juliana Tiraboschi, As poderosas da terra, Galileu, jan/2007)
Linguagem
conotativa: sentido figurado: João tem um
coração de pedra.
Eu vejo um avião no céu
Que vai pra onde você mora
Eu sinto a toda hora
Essa coceira, este calor
Eu acho que sentei
No formigueiro do amor
(Herbert Vianna)
Que vai pra onde você mora
Eu sinto a toda hora
Essa coceira, este calor
Eu acho que sentei
No formigueiro do amor
(Herbert Vianna)
Linguagem
literária X Linguagem não-literária
Linguagem
não-literária
|
Linguagem
literária
|
1. Anoitece.
|
A mão da noite embrulha os
horizontes. ( Silva Alvarenga)
|
2. Aos cinqüenta anos,
inesperadamente apaixonei-me de novo.
|
Na curva perigosa dos cinqüenta
/ derrapei neste amor. ( Carlos Drummond de Andrade)
|
Identifique
o tipo de linguagem (literária ou não-literária) nos fragmentos abaixo:
Conto
de todas as cores
Mario
Quintana
Eu
escrevi um conto azul, vários até. Mas este é um conto de todas as cores.
Porque era uma vez um menino azul, uma menina verde, um negrinho dourado e um
cachorro com todos os tons e entretons do arco-íris.
Até
que apareceu uma Comissão de Doutores – os quais, por mais que esfregassem os
nossos quatro amigos, viram que não adiantava. E perguntaram se aquilo era de
nascença ou se...
-
Mas nós não nascemos – interrompeu o cachorro. – Nós fomos inventados!
(QUINTANA, Mário. A vaca e o hipogrifo.
3 ed. Porto Alegre, L&PM, 1979. p.34.)
EFEITO ESTUFA
Aquecimento global está chegando a
um ponto crítico, dizem pesquisas.
Dois novos estudos, publicados no início de 2005, alertam para agravamento do efeito estufa. Cientistas ingleses e norte-americanos advertem que problema está chegando a um ponto crítico de não-retorno e que apenas o Protocolo de Quioto será insuficiente para reverter quadro atual.
Dois novos estudos, publicados no início de 2005, alertam para agravamento do efeito estufa. Cientistas ingleses e norte-americanos advertem que problema está chegando a um ponto crítico de não-retorno e que apenas o Protocolo de Quioto será insuficiente para reverter quadro atual.
Coesão
e Coerência
|
Coerência e coesão
textuais são dois conceitos importantes para uma melhor compreensão do texto e para a melhor escrita de
trabalhos de redação de qualquer área.
Na construção de
um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a
compreensão do que se lê / diz.
Esses mecanismos lingüísticos que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito / dito são os referentes textuais e buscam garantir a coesão textual para que haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como também entre a seqüência de orações dentro do texto.
Esses mecanismos lingüísticos que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito / dito são os referentes textuais e buscam garantir a coesão textual para que haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como também entre a seqüência de orações dentro do texto.
A coesão trata basicamente
das articulações gramaticais existentes entre as palavras, as orações e frases
para garantir uma boa sequenciação de eventos.
A coerência, por sua vez, aborda a
relação lógica entre ideias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por
vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical
ou lexical,
e no conhecimento compartilhado entro os usuários da língua.
Pode-se dizer que o conceito de
coerência está ligado ao conteúdo, ou seja, está no sentido constituído pelo
leitor.
Um
texto incoerente é o que carece de sentido ou o apresenta de forma
contraditória. Muitas vezes essa incoerência é resultado do mau uso daqueles
elementos de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um
erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento
do texto. Construído com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade
formal.
Uma das
propriedades que distingue um texto de um amontoado de palavras ou frases é o
relacionamento existente entre si. De que trata, então, a coesão textual? Da ligação, da
relação, da conexão entre as palavras de um texto, através de elementos
formais, que assinalam o vínculo entre os seus componentes.
Uma das
modalidades de coesão é a remissão. E a coesão pode desempenhar a função
de (re)ativação do referente. A reativação do referente no texto é realizada
por meio da referenciação anafórica ou catafórica, formando-se cadeias coesivas
mais ou menos longas.
A remissão anafórica (para trás) realiza-se por meio
de pronomes pessoais de 3ª pessoa (retos e oblíquos) e os demais pronomes;
também por numerais, advérbios e artigos.
Exemplo: André
e Pedro são fanáticos torcedores de futebol. Apesar disso, são diferentes. Este
não briga com quem torce para outro time; aquele o faz.
Explicação: O termo isso
retoma o predicado são fanáticos
torcedores de futebol; este recupera a palavra Pedro; aquele , o termo André;
o faz, o predicado briga com
quem torce para o outro time – são anafóricos.
A remissão catafórica (para a frente) realiza-se
preferencialmente através de pronomes demonstrativos ou indefinidos neutros, ou
de nomes genéricos, mas também por meio das demais espécies de pronomes, de
advérbios e de numerais.
Exemplo: Qualquer
que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de profissão e
passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo o que sabíamos dele,
o professor, gordo e silencioso, de ombros contraídos.
Explicação: O pronome possessivo seu e o pronome pessoal reto ele antecipam a expressão o
professor – são catafóricos.
De que
trata a coerência textual ? Da
relação que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma
unidade de sentido. Está, portanto, ligada ao entendimento, à possibilidade de
interpretação daquilo que se ouve ou lê.
(Núcleo de estudos para a Paz e Direitos
Humanos, UnB in: Introdução Crítica ao
Direito, com adaptações)
Redação
Incoerente
Exemplo de um texto incoerente: Está redação foi feita pelo aluno Rodrigo Longo do
Colégio Dom Bosco, no dia 20/04/04. Viva a educação brasileira!
O vestibular é muito polêmico, e agora o governo
resolveu fazer cotas para negros e prá quem veio de escola pulblica.
No caso dos negros,é injusto, já que 50% dos negros
nascem pretos, e a metade não. Mas isso ficaria indeciso, pois existem pessoas
como o Maicon Jecksson que násceram pretas e não brancas, então
pode- se alegar que um loiro têm descendência afro-africana, bem como os
orientais.
Logo, podemos dar cotas aos alcólatras, pois
estes seguem o exemplo do Presidente. Mas para evitar a complicação do
vestibular o ideal seria o sorteio de vagas, assim só os sortudos conseguiriam
entrar na faculdade, ou seja, além de um profissional competente, o cara iria
ser um profissional de sorte.
É uma pouca vergonha o sistema de cotas, porque os
homossexuais seriam desfavorecidos perante ao curso superior, novamente mais um
motivo para o Presidente ser bêbado. E não são todas as pessoas que tem
oportunidade de estudar em uma boa escola como o COLÉGIO DOM BOSCO.
Todavia, a metodologia do vestibular é totalmente
ineficiente e fálico, pois se descobrirem vida em outros planetas o
conceitos dos concursos ' Miss Universo' teriam de ser repensados.Desejo a
todos uma boa viagem.
** O texto só auxilia na nitidez da redação, não
modifica nem interfere no conteúdo da mesma.**
Exemplo de falta de
coesão.
Coesão:
plano do texto, das palavras, a ligação entre as frases.
A Joana não estuda
nesta Escola.
Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade.
Esta Escola tem um jardim.
A Escola não tem laboratório de línguas.
Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade.
Esta Escola tem um jardim.
A Escola não tem laboratório de línguas.
O Paulo estuda Inglês.
A Elisa vai todas as tardes trabalhar no Instituto.
A Sandra teve 16 valores no teste de Matemática.
Todos os meus filhos são estudiosos
A Elisa vai todas as tardes trabalhar no Instituto.
A Sandra teve 16 valores no teste de Matemática.
Todos os meus filhos são estudiosos
Ex. Assinale a opção em
que a estrutura sugerida para preenchimento da lacuna correspondente provoca defeito de coesão e incoerência
nos sentidos do texto.
A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. ___1___ dados recentes mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em conta o risco de morte por homicídio.
Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil habitantes. ___2___, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 – 121,6% –, ___3___, ao final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem mil habitantes. ___4___, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%, isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5% entre os anos 1980 e 1990.
Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997. ___5___ a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens pobres e negros, do sexo
masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a própria vida o preço da escalada da violência no Brasil.
(Adaptado de http:// www.brasil.gov.br/acoes.htm)
a) 1 – Tanto é assim que b) 2 – Lamentavelmente
c) 3 – ou seja d) 4 – Simultaneamente
e) 5 – Se bem que
A violência no País há muito ultrapassou todos os limites. ___1___ dados recentes mostram o Brasil como um dos países mais violentos do mundo, levando-se em conta o risco de morte por homicídio.
Em 1980, tínhamos uma média de, aproximadamente, doze homicídios por cem mil habitantes. ___2___, nas duas décadas seguintes, o grau de violência intencional aumentou, chegando a mais do que o dobro do índice verificado em 1980 – 121,6% –, ___3___, ao final dos anos 90 foi superado o patamar de 25 homicídios por cem mil habitantes. ___4___, o PIB por pessoa em idade de trabalho decresceu 26,4%, isto é, em média, a cada queda de 1% do PIB a violência crescia mais do que 5% entre os anos 1980 e 1990.
Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento mostram que os custos da violência consumiram, apenas no setor saúde, 1,9% do PIB entre 1996 e 1997. ___5___ a vitimização letal se distribui de forma desigual: são, sobretudo, os jovens pobres e negros, do sexo
masculino, entre 15 e 24 anos, que têm pago com a própria vida o preço da escalada da violência no Brasil.
(Adaptado de http:// www.brasil.gov.br/acoes.htm)
a) 1 – Tanto é assim que b) 2 – Lamentavelmente
c) 3 – ou seja d) 4 – Simultaneamente
e) 5 – Se bem que
Coerência: plano das
ideias, a ligação das ideias no texto
É resultante da
não-contradição entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeados
logicamente.
As árvores estão
plantadas no deserto,
A árvore está grávida,
Tipos
de linguagem
Coloquial
– informal – não padrão: a linguagem da fala, sem regras.
Exemplo
de uma pessoa falando ao juiz (RJ)
Doutor,
o patuá é o seguinte: depois de um gelo na coitadinha, resolvi esquinar e caçar
uma outra cabrocha que se preparasse a marmita e amarrotasse o meu linha no
sabão. Quando bordejava pelas visas, abasteci a caveira e troquei por centavos
um embrulhador. Quando então vi as novas
do embrulhador, plantado com um poste bem na quebrada da rua, veio um
paraquedas se abrindo, eu dei a dica, ela bolou, eu fiz a pista, colei; colei,
solei, ela aí bronquiou, eu chutei, bronquiou mas foi na despista, porque,
muito vivaldina, tinha se adernado e visto que o cargueiro estava lhe
comboiando. Morando na jogada, o Zezinho aqui ficou ao largo e viu quando o
cargueiro jogou a amarração dando a maior sugesta na recortada. Manobrei e
procurei ingrupir o pagante, mas sem esperar recebi um cataplum no pé do
ouvido. Aí dei-lhe um bico com o pisante na altura da dobradiça uma muqueada
não moradores e taquei-lhe os dois pés na caixa de mudança pondo-o por terra. Ele
se coçou, sacou a maquinae queimou duas espoletas. Papai, muito esperto, virou
pulga e fez a dunquerque, pois o vermelho não combina com a cor do meu linho.
Culta-formal
– padrão: a linguagem da escrita, com regras determinadas na gramática,aceita
na sociedade como a padrão.
Variação
lingüística: variação que uma língua apresenta, de acordo com:
a)
Social:
Agrupa alguns fatores de diversidade: o nível sócio-econômico, determinado pelo
meio social onde vive um indivíduo; o grau de educação; a idade e o gênero. A
variação social não compromete a compreensão entre indivíduos, como poderia
acontecer na variação regional; o uso de certas variantes pode indicar qual o
nível sócio-econômico de uma pessoa, e há a possibilidade de alguém oriundo de
um grupo menos favorecido atingir o padrão de maior prestígio.
b)
Regional:
Trata das diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática
entre regiões. Dentro de uma comunidade mais ampla, formam-se comunidades
lingüísticas menores em torno de centros
polarizadores da cultura, política e economia, que acabam por definir os
padrões lingüísticos utilizados na região de sua influência. As diferenças
lingüísticas entre as regiões são graduais, nem sempre coincidindo com as
fronteiras geográficas,ou seja,pessoas que moram em outras regiões tem formas
diferentes de falar e cada região tem seu devido sotaque.
c) Etária: é um fenômeno de linguagem
especial usada por certos grupos sociais pertencentes a uma classe ou a uma profissão
em que se usa uma palavra não convencional para designar outras palavras formais da língua
com intuito de fazer segredo, humor ou distinguir o grupo dos demais criando uma linguagem
própria: o jargão ou gíria. É empregada por jovens e adultos de diferentes
classes sociais, e observa-se que seu uso cresce entre os meios de comunicação
de massa. Trata-se de um fenômeno sociolingüístico.
d)
História:
Acontece ao longo de um determinado período de tempo, pode ser identificada ao
se comparar dois estados de uma língua. O processo de mudança é gradual: uma variante
inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada
por indivíduos socioeconomicamente mais expressivos. A forma antiga permanece
ainda entre as gerações mais velhas, período em que as duas variantes convivem;
porém com o tempo a nova variante torna-se normal na fala, e finalmente
consagra-se pelo uso na modalidade escrita. As mudanças podem ser de grafia
ou de significado.
O
texto de humor que se segue foi veiculado na Internet no ano de 2003. Leia e
responda as questões propostas.
Assaltante
nordestino
-
Ei, bichin... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula nem faça
muganga... Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a
peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdao, meu Padim Ciço, mas é
que eu tô com uma fome da mulestia.
Assaltante
mineiro
-
Ô sô, prestenção... Isso é um assarto, uai... Levanta os braço e fica quetim
quesse trem na minha mão tá cheio de bala... Mió passá logo os trocado que eu num to bão hoje. Vai andando, uai! Tá
esperando o quê, uai!!!
Assaltante
gaúcho
-
O, guri, ficas atento... Bah, isso é um assalto... Levantas os braços e te
aquietas, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade,
tchê. Passa as pilas pra cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro
fala.
Assaltante
carioca
-
Seguinte, bicho... Tu te deu mal. Isso é um assalto. Passa a grana e levanta os
braços, rapá... Não fica de bobeira que eu atiro bem pra *%#@+&%#@ Vai andando e, se olhar pra trás, vira
presunto...
Assaltante
baiano
-
Ô, meu rei... (longa pausa) Isso é um assalto... (longa pausa) Levanta os
braços, mas não se avexe não... (longa pausa). Se num quiser nem precisa
levantar, pra num ficar cansado... Vai passando a grana, bem devagarinho...
(longa pausa). Num repare se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito
pesado... Não esquenta, meu irmãozinho (longa pausa). Vou deixar teus
documentos na encruzilhada...
Assaltante
paulista
-
Orra, meu... Isso é um assalto, meu... Alevanta os braços, meu... Passa a grana
logo, meu... Mas rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta
pra comprar o ingresso do jogo do Corinthians, meu... Pô, se manda, meu...
1.
O texto retrata várias cenas de assalto, cada uma delas situada em um Estado ou
região diferente do país. A fala do assaltante tem sempre o mesmo conteúdo,
enquanto o uso da linguagem e o modo como o assalto é conduzido mudam de uma
situação para outra. Identifique, em casa uma das cenas, duas palavras ou
expressões próprias do:
a)
nordestino b)
mineiro
c) gaúcho
d)
carioca
e) baiano f) paulista
2.
Além da linguagem, o texto também revela comportamentos ou hábitos que
supostamente caracterizam o povo de diferentes Estados ou regiões. O que
caracteriza, por exemplo:
a)
o nordestino b)
o baiano c)
paulista
Gêneros
literários
Lírico: sentimento, da emoção.
Épico: feito heróico ou fato histórico
Dramático: encenação
Linguagem
verbal: é aquela em que se usa palavras, textos, frases.
Linguagem
não-verbal: é aquela que se usa fotos, gráficos, mapas, sinais, etc.
Funções
da linguagem
·
Emotiva:
emoção
·
Apelativa:
apelo
·
Poética:
poesia
·
Referencial:
passa-se a informação, sem emoção
·
Fática:
testa-se o canal na conversa
·
Metalingüística:
o dicionário
Interpretação de texto
1.
Em relação à charge acima, pode-se inferir que
I. O texto verbal apresenta aspectos que se opõem entre
si e partilham da construção do sentido do texto, como um todo.
II. O autor incorpora explicitamente uma
intertextualidade da linguagem popular.
III. O leitor deve atribuir um único sentido
para o enunciado “a coisa tá ficando preta”.
IV. A temática sugere ao leitor um posicionamento
crítico sobre as mudanças no planeta Terra.
Está
(ão) CORRETA(S) apenas a(s)
proposição (ões)
a) III e IV b) I, II e III c) I, II e IV d) II e) I e III
Leia o texto, a seguir, e responda à questão abaixo.
Discurso e discussão
Há r para
discurso
Mas discussão,
não
(discurso é
pronunciamento
e debate é
discussão):
“O discurso do
prefeito
causou muita
discussão” [...]
Janduhi Dantas,
In: Revista Educação, nov, 2005,
p. 61.
2.
Da estrofe acima, pode-se afirmar que:
I - A função predominante do texto é a metalingüística,
tendo em vista que está centralizada no código.
II - As aspas nos dois últimos versos
registram a fala do narrador de forma direta.
III - O enunciado grafado entre parênteses
apresenta idéias conceituais sobre “discurso e debate”.
IV - Os termos “discurso e discussão” têm
sentido equivalentes.
Analise
as proposições, acima, e marque a(s) verdadeira(s).
Está(ão)
CORRETA(S), apenas:
a)
III e IV
b) II c) II, III e IV d) I, II e III e) I e III
3.
Leia o texto e responda:
“Aprendi com meu
filho
de dez anos
Que a poesia é a
descoberta
Das coisas que
nunca vi”
Oswald de
Andrade
As
funções de linguagem predominante no texto são:
a) Referencial e emotiva b) Fática e conativa c) Poética e metalingüística
d) Fática e referencial e) Conativa e poética
Leia o texto abaixo e responda
“A professora do
Bocão está corrigindo o dever de casa.
Aí, balança a
cabeça, olha para o Bocão e diz:
– Não sei como
uma pessoa só, consegue cometer tantos erros.
E o Bocão
explica:
– Não foi uma
pessoa só, professora. Papai me ajudou.”
(ZIRALDO, Alves
Pinto. Rolando de rir. O livro das gargalhadas do Menino
Maluquinho. São
Paulo: Melhoramentos, 2001. p. 20)
4.
Em relação ao texto acima, pode-se concluir que
I. há predominância da função metalingüística.
II. as falas dos interlocutores se sucedem sem a
presença do narrador.
III. a comicidade do texto se dá em razão da
interpretação literal de
“Bocão”.
Analise
as proposições e marque a alternativa conveniente.
a) Apenas II e III estão corretas. b) Apenas I e II
estão corretas.
c) Apenas I e III estão
corretas. d) Apenas III está
correta.
e) I, II e III estão
corretas.
Quinze anos.
Imaginava eu que nessa idade as meninas
morenas e loiras sonham sempre com longas festas, onde sempre aparece um cara
que, além de tocar uma baita bateria, consegue um equipamento de luz negra, e
tem um conjunto que faz um som da pesada, ou então chega com duas caixas e um
amplificador, e tudo fica muito louco até o momento solene da valsa, com as
meninas portando velas acesas e os rapazes com flores, enfim, a zorra dos
quinze anos que os pais curtem com tremor dentro do peito, isso quando não se
cotizam para o grande baile das debutantes, rigorosamente lindas, apresentadas
geralmente por um compenetrado colunista social ou por um artista que, como
anunciamos ao distinto público, acedeu ao convite da cidade, mesmo tendo de
abandonar compromissos profissionais já assumidos, como a filmagem dos vinte
últimos capítulos da novela em que é personagem principal.
Quinze anos.
Onde terei errado na minha função de pai?
Pois a menina de quinze anos, que carreguei no
colo e que admirei através do vidro da maternidade na noite de novembro em que
a lâmpada cor-de-rosa se acendeu, recusa com um sorriso provocador qualquer
coisa que lembre essa festa de aniversário, e apenas me deposita um beijo na
minha testa, como se esse gesto bastasse para ela provar que acaba de completar
quinze anos.
Não sei onde foi buscar esse despojamento e
essa indiferença pela vaidade frágil que dura o tempo do spray no ar. Chego a
me atemorizar. Penso que, por desleixo ou falta de prática, falhei nalgum ponto
– e criei a filha de um operário, de um ferroviário, de um lutador de boxe que
perdeu por pontos, de um balconista das Casas Pernambucanas, de um lanterninha
de cinema, ou – para pensar o pior – criei a filha de um mero cronista da
Cidade.
Que Deus me perdoe se falhei. E que Deus me
abençoe se minha filha de quinze anos pensa exatamente como deve pensar uma
garota morena de quinze anos, sem os cacoetes e sem os falsetes que nós, os
adultos, gostamos de emprestar a essa idade própria das decisões pessoais,
quando se aprende a usar o dom – hoje raro e falsificado – chamado: a liberdade
de ser.
DIAFÉRIA, Lourenço. In: NOVAES, C. E. et alii. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 1981. (Vol. 7 - Crônicas)
1. A
propósito da expressão “como anunciamos
ao distinto público”, inserida no segundo parágrafo, considere as
afirmativas abaixo e indique o que é verdadeiro (V) e o que é falso (F).
( ) Ela
confirma a originalidade estilística do autor.
(
) Por sua padronização, ela critica o convencionalismo de certos
eventos sociais.
( ) Ela reflete o prestígio de uma cerimônia em
que a essência vale mais do que a aparência.
a) VVF b)VFF
c) FVF d)VFV e)FVV
2. NÃO se verifica o registro coloquial da
linguagem em:
a) “... longas festas, onde
sempre aparece um cara...”.
b) “... além de tocar uma baita
bateria, consegue um equipamento de luz negra...”.
c) “... e tem um conjunto que
faz um som da pesada...”.
d) “... e tudo fica muito louco
até o momento solene da valsa...”.
e) “... quando não se cotizam
para o grande baile das debutantes...”.
3. O despojamento e a indiferença da menina
a) explicam-se por sua humildade
social.
b) atemorizam sinceramente o seu
pai.
c) confirmam as falhas na sua
educação.
d) constituem sinais de
liberdade interior.
e) atestam-lhe o desajuste
psicológico.
4. Sobre o pai-cronista, afirma-se que ele
I. curtia
com tremor a zorra dos quinze anos.
II. enganou-se
ao generalizar sua impressão sobre os quinze anos.
III. está
correto ao reconhecer seu desleixo e falta de prática.
Das afirmações acima, está(ão) correta(s)
a) apenas I. b)apenas II. c)apenas III.
d)I e III. e)II e
III.
5. No trecho: “ ... e tudo fica muito louco até o momento solene da valsa...”, o
melhor sinônimo para o termo sublinhado é:
a)religioso.
b) confuso.
c)despojado.
d) pomposo.
e)sombrio.
Tipos
de texto
O
texto é uma mensagem: uma passagem falada ou escrita que forma um todo
significativo independentemente da sua extensão.
n Os
tipos de texto são: Narrativos, Descritivos, Informativos, Argumentativos,
Injuntivos e poéticos.
Narrativo:
relata fatos e acontecimentos verossímeis (verdadeiros) ou inverossímeis
(ficção), situados no tempo.
Não
existe texto puramente narrativo. Quando dizemos “A mulher se aproximou da
penteadeira e pegou o estojo de maquiagem”, fazemos também uma descrição. O
mesmo não ocorre com texto puramente descritivo: ”O jardim é retangular, com
muitas rosas e cravos”.
Tem-se:
Personagens:
protagonista (mocinho), antagonista (vilão – pode ser também uma situação) e
coadjuvantes (secundários);
Tempo:
cronológico (pode ser contado no relógio) e psicológico (tem-se uma ideia)
Enredo:
a síntese da historia;
Espaço:
local em que se passa o enredo.
Descritivo:
representa-se objetos e personagens que participam do texto narrativo. Na
verdade, contar uma historia é mesclar narrações e descrições.
Informativo:
transmite conhecimentos, esclarece determinado assunto, encontramos em obras
cientificas, enciclopédias, manuais escolares, guias turísticos, relatórios
técnicos, notícias, etc.
O
Texto Informativo deve ter uma linguagem objetiva e não se confunde com os
textos de natureza artística ou literária. É o texto da imprensa, do professor,
dos relatórios, técnicos ou científicos. Analisa um fenômeno ou uma teoria,
prestando-se ao uso didático.
Argumentativo:
procura convencer ao se defender uma tese (ideia) com argumentos.
O
Texto Argumentativo procura convencer, propondo ou impondo ao receptor uma
interpretação particular de quem o produz. Por isso mesmo, visa defender uma
tese ou rejeitá-la.
O
texto argumentativo não se confunde com os textos informativos, pois nestes os
fatos e idéias não são geralmente expostos com o objetivo de convencer o
receptor.
Em
geral, o desenvolvimento de uma argumentação comporta três etapas:
v Uma
tese, que enuncia o ponto de vista que será objeto de demonstração;
v Os
argumentos, elementos abstratos geralmente apresentados em ordem crescente de
importância e que justificam a tese;
v E
as provas que sustentam os argumentos e que devem ser elementos concretos(fatos
ocorridos, depoimentos ou citações de intelectuais reconhecidos, fatos
históricos e etc.).
Injuntivo:
é usado para convencer alguém, apelando.
A
palavra injunção significa ordem formal, imposição, exigência.Uma das formas
verbais do texto injuntivo e o imperativo.Os textos injuntivos exemplificam o
uso da linguagem em sua função apelativa (ou conativa).
Poético:
a construção da mensagem é o objetivo principal ao se valorizar sons, ritmos, e
sentidos.
Podemos encontrar
textos poéticos narrativos, descritivos, informativos e até com passagens ou
objetivos injuntivos, como algumas mensagens publicitárias.
Leia o texto
abaixo e responda as questões:
TEXTO
I
1.
Na
tira lida, o que o menino forte está fazendo com o Cebolinha?
( ) Procura brigar com Cebolinha por motivo
desconhecido.
( ) Procura fazer com que Cebolinha estude
com ele sobre artes marciais.
2.
O
que a imagem do menino maior nos indica sobre ele? (Observe o desenho – não
verbal e verbal)
( ) Que a coroa indica que ele é o mais forte,
o maioral, o rei do lugar.
( ) Que ele é bom de amizade, pois tem uma
coroa que simboliza isso.
3.
O
menino maior está segurando o Cebolinha pela gola da camiseta. No primeiro
quadrinho, a fala e o rosto do Cebolinha nos encaminha para um possível final.
Qual?
( ) Cebolinha vai enfrentar o outro menino.
( ) Cebolinha não quer brigar com o menino.
4.
Na
fala: “Me coloca no chão, senão vai ver só o que eu faço!”, que sentido tem
essa frase?
( ) Me coloca no chão, caso contrario vai ver
só o que eu faço!”.
( ) Me coloca no chão, somente você vai ver
só o que eu faço!”.
5.
O
final da tira quebra a expectativa do leitor. Por quê?
( ) Porque Cebolinha dá uma surra no garoto
maior.
( ) Porque Cebolinha faz xixi nas calças, ao
invés de enfrentar o garoto maior.
6.
Essa
tirinha usa que tipo de linguagem?
( ) Linguagem verbal ( ) Linguagem não verbal
( ) Linguagem verbal e não verbal ( ) Nenhuma delas
7.
Quem
está simbolizando a fraqueza?
( ) Cebolinha que fez xixi nas calças.
( ) O garoto maior, porque está em vantagem
no tamanho.
8.
Na
fala: “Me coloca no chão, senão vai ver só o que eu faço!”, é exemplo de
linguagem culta-formal ou coloquial-informal?
9.
Qual
a função da linguagem presente no texto?
10.
O
que Calvin está fazendo?________________________________________________________
11.
No
1º quadrinho, por que Calvin reclama da comida?
_______________________________________________________________
12.
O
pai usa o universo infantil dos desenhos televisivos. Que tipo de desenho ele
usa como exemplo para convencer Calvin a jantar? ______________________
13. A mãe de Calvin
concordou ou não com a atitude do pai de Calvin? Justifique.
________________________________________________________________
14. O gênero
literário do texto de Calvin é:
( ) Gênero Lírico, pois mostra o sentimento
dos pais em relação a alimentação de Calvin.
( ) Gênero Épico, pois mostra os pais
inventando fatos históricos para Calvin se alimentar.
( ) Gênero Dramático, pois mostra uma
encenação dos pais para Calvin se alimentar.
15. As funções da
linguagem presentes no texto são:
( ) Referencial/ Poética ( ) Apelativa/ Fática ( )
Fática/ Poética ( ) Metalinguística/Apelativa
16. Há uma
intertextualidade no texto, qual é?
17. A variedade
lingüística usada no texto é culta-formal ou coloquial-informal?
18. Leia o texto
abaixo e responda
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele e quem sabe,
e vai desmatando
o
amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já
esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a
língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond
de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.
19. Explorando a função emotiva da linguagem,
o poeta expressa o contraste (diferença) entre marcas de variação de usos da
linguagem em:
a)
culta-formal (situações formais) e
coloquial-informal (situação da fala no dia a dia).
b)
diferentes regiões do país.
c)
escolas distintas.
d)
textos técnicos e poéticos.
e)
diferentes épocas.
Leia o texto abaixo e veja a relação da
linguagem verbal com a não verbal, marcando a figura em que há essa relação.
Não só de aspectos físicos se constitui
a cultura de um povo. Há muito mais, contido nas tradições, no folclore, nos
saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos e manifestações
transmitidos oral ou gestualmente, recriados coletivamente e modificados ao
longo do tempo. A essa porção intangível (que não se atinge) da herança cultural
dos povos dá-se o nome de patrimônio cultural imaterial.
Internet: <www.unesco.org.br>.
Qual das figuras abaixo retrata o
patrimônio imaterial (imaginário, popular) da cultura de um povo?
a) Cristo Redentor b)
Pelourinho
c) Bumba meu boi d)
Cataratas do Iguaçu
e) Esfinge de Gisé
Com base na propaganda reproduzida
abaixo, responda as questões abaixo:
O Ministério da Saúde adverte:
Crianças começam a fumar ao verem os adultos fumando
27. Considerando-se
isso que o Ministério da Saúde afirma, pode-se concluir:
A) Existem adultos
que compram cigarros em estoque.
B) Não se deve dar
cigarro a quem não sabe tragar.
C) Existem adultos
que dão maus exemplos a crianças.
D) Não se deve
forçar um menor de idade a fumar.
28. A propaganda
sugere que é comum crianças
A) fumarem menos de
um maço por dia.
B) tentarem imitar
os fumantes adultos.
C) adquirirem o
vício antes da fase ideal.
D) incentivarem os
pais a largar o vício.
29. A ausência do
artigo AS diante do substantivo CRIANÇAS possibilita que o leitor conclua o
seguinte:
A) Nem toda criança
dá início ao hábito de fumar.
B) Criança fuma sem
autorização do responsável.
C) Nem toda criança
continua fumando após tornar-se adulta.
D) Criança ansiosa
começa a fumar mais cedo que as outras.
30. Assim como o ato
de ADVERTIR é denominado ADVERTÊNCIA, o ato de
A) descuidar é denominado descuidado.
B) benzer é denominado benzedeira.
C) capacitar é denominado capacidade.
D) perceber é denominado percepção.
31. Equivale ao
sentido de AO VEREM:
A) sempre que vêem.
B) quando vêem.
C) tanto quanto
vêem.
D) conquanto vêem.
Com base no texto seguinte, responda as
questões abaixo:
QUANDO CHEGA A
HORA DE DECIDIR O FUTURO
Dr. Luiz Albert
Py
Um período
dramático na vida de quase todos os jovens começa quando se coloca a questão da
escolha da profissão. São raros os que têm certeza do que querem fazer na vida,
do que pretendem ser [...] Os que já estão se preparando para cursar faculdade
se perguntam qual seria a melhor escolha e como saber o que decidir.
Antigamente, os pais procuravam interferir, tentando conseguir que os filhos
preenchessem seus próprios sonhos, principalmente quando não realizados. Os
pais viam os filhos como fonte de satisfação para seus antigos desejos.
Atualmente, isso
é mais raro: a maioria das pessoas sabe a importância de deixar que o outro
faça a escolha por si mesmo.
A grande dúvida
é se a escolha deve ser feita a partir de um desejo ou vocação, ou se é melhor
escolher uma atividade que tenha bom mercado de trabalho; escolher com o
coração, ou com a cabeça. Acho que o fato de se ter facilidade para algum tipo
de trabalho não deve ser decisivo, a não ser que tal facilidade proporcione
alegria e satisfação. Também não acredito na vantagem de a escolha ser feita
visando-se ao ganho de dinheiro. Creio que melhor é se escolher uma profissão
como se escolhe um amor: com o coração. Quando trabalhamos naquilo de que
gostamos, é mais fácil fazermos bem feito. Quando trabalhamos bem, a
perspectiva de ganharmos dinheiro com o que fazemos é maior. Fazer aquilo de
que se gosta e bem feito é fonte de alegria e felicidade.
Disponível em:
<http://www.nlnp.net/index.html>. Acesso em: 02 fev. 2009. [Adaptado]
32. A idéia central
do texto é:
A) Prefere-se
atividade que tenha mais tradição no mercado de trabalho.
B) Muito jovem acha
que, na vida, é mais fácil optar por um curso profissionalizante.
C) Deve-se escolher
uma profissão com o coração, assim como se escolhe um amor.
D) Quem executa bem
seu trabalho ganha dinheiro com muita facilidade.
33. Estabelecendo-se
uma relação entre o título e o texto, DECIDIR O FUTURO significa
A) optar por uma
profissão. B) acatar sugestões de pessoas
experientes.
C) escolher sem
hesitação. D) atender a constantes apelos dos parentes.
34. Com base no
texto, pode-se afirmar:
A) Trabalhar
naquilo que dá prazer traz vantagens para os pais e para os filhos.
B) Os pais, antes,
conseguiam que os filhos tomassem decisões mais acertadas.
C) Os jovens mais
seguros do que querem fazer na vida são os pré-vestibulandos.
D) Hoje, os pais já
interferem menos nas escolhas profissionais de seus filhos.
35. Segundo o
texto,
A) a alegria e a
felicidade resultam do dinheiro que se consegue com a profissão.
B) é importante,
nos dias atuais, que ainda se consulte alguém sobre qual a melhor escolha.
C) a facilidade
para o desenvolvimento de um trabalho é garantia de satisfação profissional.
D) era mais comum,
há algum tempo, que pais tentassem projetar-se nos filhos.
36. No texto, é
sinônimo de DIFÍCIL:
A) grande (linha
9).
B) dramático (linha
1).
C) feito (linha
16).
D) maior (linha
15).
Leia o período abaixo para responder às
questões 37 e38.
“São raros os que têm certeza do que
querem fazer na vida, do que pretendem ser [...]”
37. Ter certeza de é
o mesmo que
A) estar
disposto.
C) estar convicto.
B) estar
disponível. D) estar concentrado.
38. Se o período
fosse reescrito no singular, mantendo-se o presente do indicativo, as formas
verbais sublinhadas passariam a:
A) É – tem – quer –
pretende
B) É – têm – quer –
pretende
C) É – teria –
queria – pretenda
D) É – teve –
queria – pretenda
39. Seria correta a
substituição da palavra QUASE (linha 1) pela palavra
A) praticamente.
C) particularmente.
B) precisamente.
D) persistentemente.
40. Na linha 3, a
palavra PARA exprime
A) esforço.
C) estudo.
B) preparo.
D) propósito.
41. Na linha 3, a
palavra sublinhada indica que os jovens fazem a pergunta
A) àqueles em quem
eles realmente confiam.
B) a eles mesmos.
C) àqueles que
desejam entrar na faculdade.
D) a seus
familiares.
42. Nas linhas 5 e
6, as palavras sublinhadas referem-se aos
A) sonhos.
C) pais.
B) filhos.
D) desejos.
Retrato
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
– Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(MEIRELES, Cecília. Retrato. In: _____. Os
melhores poemas de Cecília Meireles. Seleção de Maria Fernanda. 11 ed. São
Paulo: Global, 1999, p. 13).
4. No poema Retrato, a
passagem do tempo é vista pelo eu lírico com:
a) Tranqüilidade
/ saudosismo c) Ansiedade / aceitação
b) Alegria
/ surpresa d) Insatisfação / tristeza
e) Indiferença / surpresa
5. Com base na leitura do texto II, analise as
afirmativas abaixo:
I. O poema
retoma a visão de tempo explorada pelos barrocos, que se angustiavam diante da
efemeridade das coisas do mundo.
II. O poema
resgata a visão de tempo explorada pelos árcades, em que o eu lírico procura
viver intensamente o tempo presente.
III. O poema
retrata a angústia do eu lírico diante apenas das mudanças físicas causadas
pela passagem do tempo, tal como fizera a estética barroca.
Está(ão) correta(s) apenas:
a) II e III b)II c) III d)I e II e)I
6. Leia os versos abaixo.
“Eu
não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil:”
Quanto
à repetição do termo destacado nesses versos, pode-se afirmar:
I. Constitui recurso estilístico que
enfatiza as características da mudança constatada pelo eu lírico.
II. Trata-se de uma repetição usada
somente para assegurar a mesma contagem de sílaba dos versos.
III. Compreende um mecanismo de reforço
das características daquela mudança (simples, certa e fácil), apresentadas sob
a forma de antítese.
Está(ão)
correta(s) apenas:
a)I e III b)II c)III d)I e)II e III
1.
Observe a figura abaixo e responda o que se pede
Pintura rupestre
da Toca do Pajaú – PI. Internet: <www.betocelli.com>.
A pintura rupestre acima, que é um
patrimônio cultural brasileiro, expressa
a) o conflito entre os povos indígenas e
os europeus durante o processo de colonização do Brasil.
b) a organização social e política de um
povo indígena e a hierarquia entre seus membros.
c) aspectos da vida cotidiana de grupos
que viveram durante a chamada pré-história do Brasil.
d) os rituais que envolvem sacrifícios
de grandes dinossauros atualmente extintos.
e) a constante guerra entre diferentes
grupos paleoíndios da América durante o período colonial.
52. Leia os
textos abaixo e responda:
Antigamente
Acontecia o indivíduo apanhar
constipação; ficando perrengue, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir
à botica para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença
nefasta era a phtísica, feia era o gálico. Antigamente, os sobrados tinham
assombrações, os meninos, lombrigas (...)
Carlos Drummond
de Andrade. Poesia completa e prosa.Rio
de Janeiro: Companhia José Aguilar, p. 1.184.
O texto acima está escrito em linguagem
de uma época passada. Observe uma outra versão, em linguagem atual.
Antigamente
Acontecia o indivíduo apanhar um
resfriado; ficando mal, mandava o próprio chamar o doutor e, depois, ir à
farmácia para aviar a receita, de cápsulas ou pílulas fedorentas. Doença nefasta
era a tuberculose, feia era a sífilis. Antigamente, os sobrados tinham
assombrações, os meninos, vermes (...)
Comparando-se esses dois textos,
verifica-se que, na segunda versão, houve mudanças relativas a
a) vocabulário. b) construções
sintáticas. c)
pontuação.
CARTA-POEMA
Manuel
Bandeira
Excelentíssimo
Prefeito
Senhor
Hildebrando de Góis,
Permiti que,
rendido o preito
A que fazeis jus
por quem sois,
Um poeta já
sexagenário,
Que não tem
outra aspiração
Senão viver de
seu salário
Na sua limpa
solidão,
[...]
Que imundície!
Tripas de peixe,
Cascas de fruta
e ovo, papéis...
Não é natural
que me queixe?
Meu Prefeito,
vinde e vereis!
Quando chove, o
chão vira lama:
São atoleiros,
lodaçais,
Que disputam a
palma à fama
Das velhas
maremas letais!
[...]
Mandai calçar a
via pública
Que, sendo um
vasto lagamar,
Faz a vergonha
da República
Junto à Avenida
Beira-Mar!
53
.O texto, acima, tem função da linguagem:
a)
referencial. b)
poética. c) emotiva d) apelativa.
e)
metalingüística.
54. O uso de somente
símbolos, imagens, gráficos, figuras e etc. fazem parte da linguagem: (1 ponto)
( ) Verbal ( ) Não verbal
( ) Verbal e não verbal
55. O texto acima
Carta-poema, de Manuel Bandeira, é exemplo de que tipo de linguagem: (1 ponto)
( ) Verbal ( ) Não verbal
( ) Verbal e não verbal
56.O gênero
literário do texto é: (1 ponto)
( ) Gênero Lírico, pois mostra o sentimento
do eu lírico sobre o funcionário público.
( ) Gênero Épico, pois mostra o eu lírico
inventando fatos históricos sobre o funcionário público.
( ) Gênero Dramático, pois mostra uma
encenação do eu lírico sobre o funcionário público.
57.
A figura abaixo é parte de uma campanha publicitária, que usa a linguagem não
verbal.
NEM
SEMPRE É O CRIMINOSOQUEM VAI PARAR ATRÁS DAS GRADES
Com Ciência Ambiental, n.o 10, abr./2007.
Essa
campanha publicitária relaciona-se diretamente com a qual afirmação?
a) O comércio ilícito (ilegal) da fauna
silvestre, atividade de grande impacto, é uma ameaça para a biodiversidade
nacional.
b) A manutenção do mico-leão-dourado em
jaula é a medida que garante a preservação dessa espécie animal.
c) O Brasil, primeiro país a eliminar o
tráfico do mico-leão-dourado, garantiu a preservação dessa espécie.
d) O aumento da biodiversidade em outros
países depende do comércio ilegal da fauna silvestre brasileira.
e) O tráfico de animais silvestres é
benéfico para a preservação das espécies, pois garante-lhes a sobrevivência.
Leia o texto
seguinte e responda às questões de 47 a 50.
47. Sobre os quadrinhos é correto
afirmar, exceto a alternativa
A) Há uma crítica à submissão feminina,
ao passo que se levanta a bandeira do uso das tecnologias como meio de
libertação de práticas tradicionais atribuídas à mulher.
B) Há um discurso contraditório de uma
das personagens dos quadrinhos, à medida que o uso da tecnologia defendido por
ela só reforça padrões tradicionais.
C) Ao usar a expressão “Tem razão”,
subentendesse que a personagem Mafalda tem um posicionamento reativo.
D) Pode-se inferir do texto que as novas
gerações repetem as ações de gerações passadas.
E) A linguagem não-verbal não contribui
para o entendimento do texto que, na fala única de uma das personagens, deixa
claro um comportamento pós-moderno.
48. Quanto à estrutura sintática da
frase expressa no primeiro quadrinho “Tem
razão, Mafalda”, é correto afirmar
A) Possui um sujeito simples:
Mafalda.
B) Possui uma oração sem sujeito com o
verbo impessoal - tem.
C) Possui um sujeito simples “oculto”:
você. D) Possui um sujeito
indeterminado.
E) Possui um sujeito simples: razão.
49. Sobre as frases “Tem razão, Mafalda. Não posso ser como
nossas mães, que se conformavam...”, é correto afirmar
A) O termo “que” pode ser classificado
como conjunção integrante e retoma a palavra“mães”.
B) Ao se fazer uso do pronome oblíquo
átono “se”, temos um caso de ênclise.
C) Em “que se conformavam”, o termo
“que” exerce a função sintática de sujeito da oração.
D) No trecho destacado em negrito,
existem apenas duas orações.
E) O termo “não” é acentuado porque é um
monossílabo tônico terminado em “o”.
50. A frase “Portanto, não vou cair na mediocridade” pode ser substituída por
qual das alternativas abaixo,
sem alteração de sentido?
A) Entretanto, não vou cair na
mediocridade... B)
Logo, não vou cair na mediocridade...
C) Porém, não vou cair na
mediocridade...
D) Contudo, não vou cair na mediocridade...
E) Todavia, não vou cair na
mediocridade..
Trovadorismo
Definição:
trovador é o poeta que musicaliza a poesia nas cortes.
A
língua utilizada pelos trovadores era o galego-português, uma mistura de
espanhol (castelhano) com português.
Início:
1189/1198: surge com a Cantiga da Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós.
Contexto
Histórico
1308
– Fundação da Universidade de Coimbra.
1415
– Conquista de Ceuta.
1420
– Início da Expansão marítima. Descoberta da Ilha da Madeira.
1453
– Os turcos conquistam Constantinopla (capital do Império Romano do Oriente).
Fim da Idade Media.
1482
– Diogo Cão descobre a foz do Zaire.
1487
– Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança.
1492
– Colombo descobre a América.
1498
– Vasco da Gama descobre o caminho marítimo para as Índias.
A
hierarquia da sociedade feudal: clero, nobreza e povo (vilões, semi-servos e
escravos)
O
espírito da época é o TEOCÊNTRICO (Deus como o centro do Universo).
As
Cantigas eram as primeiras produções literárias da época e se dividiam em 4:
·
Cantigas
de Amor: eu lírico é masculino que sofre por amor.
·
Cantigas
de Amigo: eu lírico é feminino que sofre por amor.
·
Cantigas
de Escárnio: ataque satírico indireto, não citando
o nome da pessoa.
·
Cantigas
de Maldizer: ataque satírico direto, citando o nome
da pessoa.
Os
artistas dessa época eram:
·
Trovador:
pessoa culta, fidalga que escrevia e musicalizava sua poesia sem receber nada
em troca.
·
Segrel:
fidalgo decaído, que levava o jogral para se apresentar nas cortes, castelos.
·
Jogral:
saltimbanco (palhaço) que leva sua apresentação a corte
·
Menestrel:
músico ligado a determinada corte.
Produção
literária
A
primeira escola literária galego-portuguesa foi representada pelo trovadorismo,
onde suas cantigas foram organizadas pelos cancioneiros, que eram divididos
em:
·
Cancioneiro da Ajuda ou do Real Colégio
dos Nobres
·
Cancioneiro da Vaticana
·
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de
Lisboa ou Collocci-Brancuti
·
Cantigas de Santa Maria.
·
Novelas de cavalaria
·
Crônicões
·
Hagiografias
·
Livros de linhagem (nobiliários)
Os cancioneiros:
Como vimos, existiam três tipos de cancioneiros, eles eram classificados de acordo com a qualidade e quantidade de suas cantigas.
Vejamos cada um deles:
Como vimos, existiam três tipos de cancioneiros, eles eram classificados de acordo com a qualidade e quantidade de suas cantigas.
Vejamos cada um deles:
• O
cancioneiro da Ajuda
|
• O
Cancioneiro da Vaticana
|
•
Cancioneiro da biblioteca nacional
|
Com 310 cantigas, quase todas
de amor. Esse é o mais velho cancioneiro, reunido no reinado de D. Afonso
III. É o único que remota a época trovadoresca.
|
Com 1.205 cantigas de variados
autores, mas todas com as quatro modalidades (amor, amigo, escárnio e
maldizer), incluindo 138 cantigas de D. Diniz, que era considerado o
Rei-Trovador.
|
Com 1.647 cantigas de todas as
modalidades. O Cancioneiro também é chamado de Calocci-Brancutti em homenagem
aos seus dois possuidores italianos.
|
Os cancioneiros não são coleções de poesia lusa, mas de poesia peninsular na língua galego-portuguesa.
Trovadores – Jograis – Segréis – Menestréis
Em ordem decrescente era
constituída a hierarquia dos poetas-músicos medievais e que era de bastante
importância social e artística.
1. Trovadores: são poetas nobres, cultos criadores de cantigas e textos. 2. Jogral: são poetas humildes, eles também eram compositores de cantigas. 3. Segrel: estabelecia uma classe intermediária entre o trovador e o jogral. É importante lembrarmos que o segrel existiu somente na escola galego portuguesa. Eles eram da pequena nobreza, que reproduzia suas próprias composições. 4. Menestrel: era o nome que os músicos da corte passaram a ser chamado no século XIV, quando o nome jogral passou a ser desagradavelmente usado para chamar os bobos. |
As
cantigas de amor
Nas cantigas de
amor o homem se refere à sua amada como sendo uma figura idealizada, distante.
O poeta fica na
posição de fiel vassalo, fica as ordens de sua senhora, dama da corte, onde
esse amor é considerado como um objeto de sonho, ou seja, impossível, que está
longe. Esta cantiga teve origem no sul da França, apresentando um eu – lírico é
masculino e também sofredor. Nas cantigas de amor o poeta chama sua amada de
senhor, pois naquela época, todas as palavras que terminavam com “or”, em
galego-português não tinham feminino, portanto ele dizia “minha senhor”, ele
cantava a dor de amar, onde está sempre acometido da “coita”. Essa palavra
(coita)é muito usada nessas cantigas, ela significa sofrimento por amor.
Cantiga da
Ribeirinha, de Paio Soares de Taveirós
1- No mundo non me sei parelha,
2- Mentre me for como me vai,
3- Cá já moiro por vós, e - ai!
4- Mia senhor branca e vermelha.
5- Queredes que vos retraya
6- Quando vos eu vi em saya!
7- Mau dia me levantei,
8- Que vos enton non vi fea!
9- E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
10- Me foi a mi mui mal,
11- E vós, filha de don Paai
12- Moniz, e bem vos semelha
13- Dhaver eu por vós guarvaia,
14- Pois eu, mia senhor, dalfaia
15- Nunca de vós houve nem hei
16- Valia dua correa.
1- No mundo non me sei parelha,
2- Mentre me for como me vai,
3- Cá já moiro por vós, e - ai!
4- Mia senhor branca e vermelha.
5- Queredes que vos retraya
6- Quando vos eu vi em saya!
7- Mau dia me levantei,
8- Que vos enton non vi fea!
9- E, mia senhor, desdaqueldi, ai!
10- Me foi a mi mui mal,
11- E vós, filha de don Paai
12- Moniz, e bem vos semelha
13- Dhaver eu por vós guarvaia,
14- Pois eu, mia senhor, dalfaia
15- Nunca de vós houve nem hei
16- Valia dua correa.
As cantigas de amigo
Essa cantiga tem sua origem popular, são marcadas pela literatura oral, ou seja, paralelismo, refrão, reiterações e estribilho, onde isso são recursospróprios do texto que servem para serem cantados e que propiciam facilitação de memorização. Nas cantidas populares, ainda são usasos esses recursos.
Essa cantiga teve origem na Península Ibérica, ela apresenta um eu-lírico feminino, pore´m com um autor masculino, ele canta seu amor pelo seu amigo, em um ambiente mais natural, em grande parte, faz um diálogo com a suas amigas ou com a sua mãe. Na cantiga de amigo, a figura feminina é de uma jovem que começa a amar, lembrando as vezes da ausencia do amado, ou cantando a sua alegria por um encontro com ele. Essa cantiga pode mostrar também a tristeza da mulher, pelo fato do seu amado ter ido para a guerra.
Essa cantiga é de amigo, e mostra que a mulher espera ansiosamente pelo amigo, visa bastante às ondas do mar de Vigo e sobre o regresso de seu amado.
Essa cantiga tem sua origem popular, são marcadas pela literatura oral, ou seja, paralelismo, refrão, reiterações e estribilho, onde isso são recursospróprios do texto que servem para serem cantados e que propiciam facilitação de memorização. Nas cantidas populares, ainda são usasos esses recursos.
Essa cantiga teve origem na Península Ibérica, ela apresenta um eu-lírico feminino, pore´m com um autor masculino, ele canta seu amor pelo seu amigo, em um ambiente mais natural, em grande parte, faz um diálogo com a suas amigas ou com a sua mãe. Na cantiga de amigo, a figura feminina é de uma jovem que começa a amar, lembrando as vezes da ausencia do amado, ou cantando a sua alegria por um encontro com ele. Essa cantiga pode mostrar também a tristeza da mulher, pelo fato do seu amado ter ido para a guerra.
Essa cantiga é de amigo, e mostra que a mulher espera ansiosamente pelo amigo, visa bastante às ondas do mar de Vigo e sobre o regresso de seu amado.
Humanismo
O
Humanismo foi um grande movimento intelectual, moral e religioso iniciado em
fins do século XV e todo o século XVI, que buscava uma humanidade melhor, pois
os idealizadores propunham um ideal de paz e sabedoria, através do
aperfeiçoamento das qualidades intelectuais e morais dos homens.
Contexto
Histórico
1448
– Gutenberg inventa a tipografia.
1453
– Constantinopla cai nas mãos dos turcos.
1481
– A Inquisição é instaurada na Espanha.
1500
– Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil.
1531
– Henrique VIII rompe com o papa e funda a igreja anglicana.
1536
– Paulo III estabelece oficialmente a Inquisição em Portugal.
O
misticismo medieval perde força, e o TEOCENTRISMO dá lugar ao ANTROPOCENTRISMO
(o homem como o centro do universo).
O
maior artista: Gil Vicente
A
área dele era o teatro. Foi contemporâneo de Michelangelo, Nicolau Copérnico,
Leonardo da Vinci, Nicolau Maquiavel, etc.
Começou
com a peça Monologo de um vaqueiro – O
auto da visitação, encenado na câmara real de d. Maria de Castela, por
ocasião do nascimento de d. João III, filho de d. Manuel.
Tipos
de peças de Gil Vicente: mistérios, milagres e moralidades.
Outras
peças: Auto da barca do inferno; Farsa de
Inês Pereira, Auto da Índia, O juiz da Beira, etc.
Novelas
de Cavalaria: ciclo arturiano é o
mais importante.
Classicismo
É
combinado com o Renascimento, em que se há uma transformação política,
econômica e cultural nos séculos XV e XVI.
Exalta-se
a natureza, a cultura greco-romana, a razão é maior que a emoção.
Características
·
Imitação dos autores greco-latinos.
·
Preocupação com a forma.
·
Uso da mitologia greco-latina.
·
Idealismo
Autores
·
Luis Vaz de Camões – o principal
·
Francisco Sá de Miranda
·
Bernadim Ribeiro
·
Antonio Ferreira
Camões escreveu Os
lusíadas, com 10 cantos, versos decassílabos, 1102 estrofes, cuja divisão é:
·
Proposição
·
Invocação
·
Dedicatória
·
Narração
·
Epílogo
Quinhentismo
Literatura
dos anos de 1500, em que se tem como base principal a Carta, de Pero Vaz de Caminha.
Ela é a certidão de
nascimento do Brasil e nela é visto o deslumbramento do europeu com a nova
terra, como também seus equívocos e as reais intenções do colonizador.
Há nesse período dois
tipos de literatura:
·
Informativa ou dos cronistas (ou
viajantes);
·
Dos jesuítas.
Literatura
Informativa
Existem
vários textos que falam da vinda dos europeus ao Brasil, são eles:
·
Tratado da Terra do Brasil;
·
Historia da Província de Santa Cruz a
que vulgarmente chamamos Brasil;
·
Tratado descritivo do Brasil;
·
Diálogos das grandezas do Brasil.
Literatura
dos Jesuítas
Pe.
José de Anchieta – o maior nome da catequese no Brasil.
Escreveu
cartas, sermões, poesias e peças teatrais, utilizando-se do latim, do tupi e do
português em suas obras quase sempre de inspiração missionária.
10. Após
a leitura dos textos I e II, verifica-se que Murilo Mendes ironiza a exaltação
da terra feita por Caminha. Essa ironia é traduzida claramente pelo(s)
verso(s):
TEXTO I
Fragmento
da Carta de Pero
Vaz de Caminha
|
TEXTO II
Carta de Pero Vaz
Murilo
Mendes
|
“... a terra em
si, é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e
Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas
são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la
dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem”.
|
A
terra é mui graciosa,
Tão
fértil eu nunca vi.
A
gente vai passear,
No
chão espeta um caniço,
No
dia seguinte nasce
Bengala
de castão de oiro.
Tem
goiabas, melancias,
Banana
que nem chuchu.
Quanto
aos bichos, tem-nos muitos,
De
plumagens mui vistosas.
Tem
macaco até demais.
Diamantes
tem à vontade,
Esmeralda
é para os trouxas.
Reforçai,
Senhor, a arca,
Cruzados
não faltarão,
Vossa
perna encanareis,
Salvo
o devido respeito.
Ficarei
muito saudoso
Se
for embora daqui.
|
a) Tão
fértil eu nunca vi. d)A
terra é mui graciosa, Diamantes
tem à vontade,
.........................................
b) No
dia seguinte nasce/ Bengala de castão de oiro e)No chão espeta um
caniço, Quanto aos
bichos, tem-nos muitos,
.........................................
c)Tem goiabas, melancias,
Banana que nem chuchu.
TEXTO III
(Texto extraído da
revista Rivista. Edição Zero.
Fortaleza: Editora RISO, s/d, p. 55).
12. A
intertextualidade é a relação que ocorre entre dois ou mais textos. Essa
relação pode dar-se em forma de paráfrase ou de paródia. O corpo do Texto III é
uma paráfrase da Carta de Caminha pois,
I. apesar
da leve mudança no estilo, confirma a visão de Caminha sobre a terra
descoberta.
II. faz
críticas explícitas ao aspecto ufanista da Carta.
III. mantém
o mesmo olhar positivo de Caminha sobre o futuro da terra brasileira.
IV. embora
escrita no mesmo estilo, critica de modo disfarçado a visão de Caminha sobre a
terra descoberta.
Está(ão) correta(s) apenas a(s)
afirmativa(s):
a)I, II e III. b)I e III. c)I. d)II
e IV. e)III e IV.
13. No
texto III, levando-se em conta a norma culta da língua, verifica-se ERRO em:
a) “...
um número sem fim de animais...”
b) “Ainda
não haviam louras, nem surfistas, nem mulatas...”
c) “Árvores
gigantescas e multidões de palmeiras formavam o imenso verde da futura bandeira.”
d) “Era
assim o Brasil de Cabral, já quinhentos anos passados.”
e) “...,
quando for a vez desses meninos?”
14. A
respeito da manchete: CABRAL DESCOBRE O
CAMINHO DAS ÍNDIAS, é correto afirmar que o autor pretendia
a) dizer que havia
muitas índias na terra descoberta.
b) dizer que Cabral
descobriu o caminho que o levaria para as Índias.
c) usar a homonímia
para causar um efeito humorístico.
d) explorar a sinonímia
das palavras.
e) usar a paronímia a
fim de confundir o leitor.
15. Com base nos textos I, II e III,
verifica-se que
I. o
elogio à natureza brasileira é observado em todos os textos.
II. o
texto III expressa uma preocupação com o meio ambiente, que não existe nos
textos I e II.
III. os
textos II e III são paródias do texto I.
IV. o
texto II é o que menos faz uso do registro popular da linguagem.
Estão corretas as afirmativas:
a)apenas I e III. c) apenasIeII.
b)apenas II, III e IV. d)apenas II e III.
e)todas.
7. Sobre a relação entre os jesuítas
e os índios, o eu-lírico do texto II
I. critica o processo de catequização adotado pelos
jesuítas.
II. apresenta uma oposição entre o mártir e o selvagem.
III. defende radicalmente a preservação dos costumes
indígenas.
Está(ão) correta(s):
a) apenas I d)
apenas II e III
b) apenas II e)
I, II e III
c) apenas III
8. Quanto ao uso da linguagem
figurada, é INCORRETO afirmar que o texto II
a) caracteriza os índios como parte
da natureza selvagem.
b) revela, através de comparações
com elementos da natureza, uma
concepção negativa da fé cristã.
c) estabelece uma relação de
comparação entre os jesuítas e as águias,
valorizando os feitos daqueles.
d) compara o vento da fé com o
tufão.
e) representa os jesuítas como
mártires, propagadores da fé no novo mundo.
9. A metonímia é a figura de
linguagem que consiste em substituir uma
palavra por outra, em vista de uma relação de
proximidade de sentidos que há entre elas.
Considerando-se esse conceito, verifica-se que as
expressões “pó da catequese” (estrofe 2) “estranho pé”
(estrofe 3) e
“mesma cruz” (estrofe 7)
podem ser substituídas, respectivamente, por
a) águias / jesuíta / sol c) palavra
de Deus / jesuíta / sol
b) águias / indígena / cristianismo d) palavra de Deus
/ indígena / cristianismo
e) palavra de Deus / jesuíta /
cristianismo
Barroco
Início
em 1601, com a obra Prosopopéia, de Bento Teixeira. A religiosidade ainda
estava muito forte. A Reforma Protestante e a Contra-Reforma estavam se
organizando.
O
homem vivia em constante tensão por ora querer viver a vida santa ou ora querer
viver a vida profana. A Inquisição fazia seu papel de controladora da moral
católica. O índex librorum prohibitorum estava em vigência.
Características
·
Culto do contraste (uso de antíteses –
oposição)
·
Consciência da transitoriedade da vida
·
Gosto pela grandiosidade
·
Cultismo (jogo de palavras)
·
Conceptismo (jogo de ideias)
·
Frases interrogativas
Autores
·
Gregório de Mattos (Boca do inferno);
Escreveu
poesias lírico-amorosas; religiosa e satírica.
·
Bento Teixeira
·
Manuel Botelho de Oliveira
·
Padre Antonio Vieira
Defendia
os negros e os índios, como também os cristãos novos (judeus convertidos ao
catolicismo). Sofreu perseguição pela Inquisição.
Sua
obra está dividida em cartas, profecias e sermões.
Os
Sermões são os mais importantes, dentre eles o Sermão da Sexagésima – que fala
sobre a arte de pregar e ensinar.
TEXTO
Sermão vigésimo sétimo
Os senhores poucos, os
escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os
senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em
ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos,
os escravos adorando-os e temendo-os como deuses; os senhores em pé apontando
para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados
com as mãos atadas atrás como imagens vilíssimas da servidão e espetáculos da
extrema miséria.
(VIEIRA, Pe. Antônio. Sermão vigésimo sétimo. In: AMORA, Antônio
Soares, org. Sermões, 2 ed. São Paulo, Cultrix, 1981, p. 58.)
7. No
texto, verificam-se os seguintes traços do barroco:
I. a
presença de um grande número de antíteses.
II. a
predominância dos aspectos denotativos da linguagem.
III. a
utilização do recurso da hipérbole para melhor traduzir o sofrimento dos
escravos.
IV. o
envolvimento político do jesuíta.
Estão corretas apenas as
afirmativas:
a)I e II. b)III e IV. c)II e III. d)I e IV. e)I e III.
8. O trecho a seguir vincula-se ao conceptismo
barroco:
Nesse trecho, NÃO ocorre o (a)
a) elogio
da natureza para justificar um ideal pagão de vida.
b) uso
de estruturas oracionais que enfatizam as relações de causa, condição e
conseqüência.
c) apelo
à repetição de palavras e idéias.
d) progressão
gradual do raciocínio, com vistas ao convencimento do ouvinte ou leitor.
e) uso
de antíteses e metáforas.
Arcadismo
Início
em 1768 com o livro Obras Poéticas, de Claudio Manuel da Costa.
A
religião dá lugar à razão, o homem vive no Século das Luzes, diferente do
anterior, que era o das Trevas.
Começa
a Revolução Industrial na Inglaterra; surgem os Iluministas, organiza-se a
grande Enciclopédia, com 35 volumes. A Revolução Francesa estaria prestes a
acontecer, cujo lema era liberdade, igualdade e fraternidade.
Características
·
Imitação dos clássicos;
·
Bucolismo;
·
Pastoralismo;
·
Idealização do amor e da mulher;
·
Uso de pseudônimos (falsos nomes);
·
Uso de frases latinas: carpe diem,
fugere urbem, inutilia truncat, etc
Autores
·
Claudio Manuel da Costa (Glauceste
Saturnio)
·
Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu)
Escreveu
Cartas Chilenas e Marília de Dirceu
·
José Basílio da Gama (Termindo Simpílio)
Escreveu
O Uraguai.
·
Frei José de Santa Rita Durão
Escreveu
Caramuru.
Súplica por uma árvore.
Cecília
Meireles.
Um dia, um professor comovido falava-me de
árvores. Se avô conhecera Andersen, esse pequeno deus que encantou para sempre
a infância, todas as infâncias, com suas maravilhosas historias. Mas, além de
conhecer Andersen, o avô desse comovido professor legara a seus descendentes
uma recordação extremamente terna: ao sentir que se aproximava o fim de sua
vida, pediu que o transportassem aos lugares amados, onde brincara em menino,
para abraçar e beijar as árvores daquele mundo antigo – mundo de sonho, pureza,
poesia – povoado de crianças, ramos, flores, pássaros... O professor comovido
transportava-se a esse tempo de ternura, pensava nesse avô tão sensível, e
continuava a participar, com ele, dessa cordialidade geral, desse agradecido
amor à Natureza que, em silêncio, nos rodeia com a sua proteção, mesmo obscura
e enigmática.
Lembrei-me de tudo
isso ao contemplar uma árvore que não conheço, e cujo tronco há quinze dias se
encontra ferido, lascado pelo choque de um táxi desgovernado. Segundo os
técnicos, se não for socorrida, essa árvore deverá morrer dentro em breve: pois
a pancada que a atingiu afetou-a na profundidade de sua vida.
Meireles, Cecília. Suplica por uma árvore. In: O que se diz e o que se
entende. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1980, p. 63.
- Embora fique melhor onde está, pois atrai o leitor, o primeiro
parágrafo poderia vir depois do segundo, se obedecesse à lógica dos
acontecimentos. Por que?
- O que a paisagem campestre representa para o cronista?
- Que objeto urbano contribui, no segundo parágrafo, para o
contraste entre o campo e a cidade?
INTERTEXTUALIDADE
Leia o poema
seguinte, de Cláudio Manuel da Costa:
Aquele adore as
roupas de alto preço,
Um siga a
ostentação, outro a vaidade;
Todos se enganam com
igual excesso.
Eu não chamo a isto
felicidade:
Ao campo me recolho,
e reconheço,
Que não há maior bem
que a soledade.
Soledade: lugares ermos, desertos.
Que elemento comum
podemos encontrar nestes versos, escritos no século XVIII, quando comparados ao
texto de Cecília Meireles?
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