Teste do 2º bimestre
Redação
Serie: 7º ano
1.
Leia
o texto abaixo e responda o que se pede:
Conheça o Manifesto Nerd
Cláudia Fusco, 25 de maio de 2010
Feliz Dia
do Orgulho Nerd pra gente!! \o/ Como você já deve saber, todos
os anos, no dia 25 de maio, é celebrada não apenas a data em que colocamos para
fora todo o nosso nerd pride,
mas também o Dia da
Toalha, em homenagem a um dos escritores mais nerds de todos os
tempos: Douglas Adams, autor do Guia do Mochileiro das Galáxias. Além disso, em
25 de maio de 1977 foi lançado o primeiro filme da série Star Wars, que até
então era apenas uma trilogia. É um caso de amor antigo com a nerdice, não é
mesmo? <3
Nesse
post aqui,
você vai encontrar 42
jeitos diferentes de celebrar esta data tão especial. Mas antes de
colocar o capacete de Vader e sair por aí festejando, você precisa conhecer o
manifesto nerd,
criado em 1998 (!) por Tim McEachern no primeiro Geek Pride Festival, que rolou
nos Estados Unidos (obviamente). Afinal,... grandes poderes trazem grandes
responsabilidades.
Com
vocês, o manifesto:
E é por essas e outras isso que eu digo:
nunca duvidem que nós, nerds, vamos conquistar o mundo. Afinal, essa é a décima
regra. Tremei, meus amigos.
Disponível
em: <http://super.abril.com.br/blogs/nerdices/tag/manifesto-nerd/>.
Acesso em: 11/05/2011.
a) O narrador desse texto é personagem ou
observador? Justifique.
b) O que significa ser nerd?
2. Leia o texto abaixo e responda as
questões propostas:
A Última Crônica
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para
tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de
escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de
coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no
cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu
disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser
vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental,
quer num flagrante de
esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial.
esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial.
Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo
meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu
quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço
então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma
crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se,
numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura
da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela
presença de uma negrinha
de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da
família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o
dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se
para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe
limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a
aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se
afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se
da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem
do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão,
larga-o no pratinho -- um bolo
simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
A negrinha, contida na sua expectativa, olha
a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente.
Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai,
mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa
de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma
caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um
animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe
espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o
pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha
repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas.
Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio,
a que os pais se juntam, discretos: "parabéns pra você, parabéns pra
você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa.
A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas
mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura -- ajeita-lhe
a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai
corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do
sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram,
ele se perturba, constrangido -- vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba
sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse
pura como esse sorriso.
Texto extraído do livro "A Companheira de
Viagem", Editora
do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.
do Autor - Rio de Janeiro, 1965, pág. 174.
a) A inspiração para uma crônica pode vir
de várias fontes: da vida do próprio cronista, de fatos que ele observa ou
mesmo do noticiário. Nesse texto, que
aspecto da vida do cronista serviu como ponto de partida para o desenvolvimento
do texto?
b) O narrador é personagem ou observador?
Justifique.
c) A crônica pode ter como objetivo fazer
o leitor refletir, de forma crítica, sobre o tema abordado, ou apenas entreter
esse leitor. Qual é o objetivo da crônica lida?
3. Leia o texto abaixo
A FADA DO OUTONO
NARRADOR: A vida corria tranqüila naquele povoado.
Manuel fazia o pão como todos os dias. Carolina vendia o peixe como todos os
dias. Alexandre, o carteiro, fazia a entrega das cartas, como todos os dias. Só
algo parecia ser diferente, era a Casa dos Três Pinheiros. Tratava-se de uma
formosa construção do século passado que estava abandonada, e até havia quem
dizia que ali vivia um fantasma. Pois bem, nesta casa estava se passando algo
muito estranho. Pela tarde, na saída da escola, Bruno e Luís voltavam à casa
pelo caminho do bosque, eram as últimas tardes do verão e eles gostavam de
escutar os pássaros e ver os bichinhos que ali viviam.
BRUNO: É
uma pena que o verão está terminando, Não é, Luís?
LUÍS:
Sim, mas as outras estações também são formosas. Ei Bruno, parece que tem
alguém nos Três Pinheiros!
BRUNO:
Que estranho. Quem andará por aí ?
LUÍS: Vai
ver que tem um fantasma lá.
NARRADOR:
Os meninos foram se aproximando da mansão.
LUÍS:
Olha, Bruno, estou ficando com um pouco de medo.
BRUNO:
Não tenha medo! Certamente é alguém acabou de se mudar. Venha, vamos ver!
NARRADOR:
Bruno e Luís se aproximaram de uma janela que estava entreaberta, e olharam
para o interior, ali viram a uma formosa mulher que cantarolava uma melodia
enquanto cozinhava.
BRUNO:
Está vendo! É o que eu disse! É uma nova vizinha.
FADA: Olá
garotos! Entrem, entrem.
NARRADOR:
Os meninos entraram na casa e viram que não parecia que estava tantos anos
abandonada; tinha almofadas, cortinas e os movéis não tinham nem um cisco de
pó.
LUÍS:
Tudo está tão lindo! Você deve ter tido muito trabalho para deixar tudo isto limpo!
FADA: É
verdade... Mas sentem e comam uma tortinha, venha são para vocês.
Meninos:
Para nós? Mas, Como? Se você não sabia que a gente vinha. Ou sabia?
FADA:
Como não ia saber se eu sei de tudo.
Meninos: Tudo?
FADA: Eu
sou Tiana, a Fada do Outono.
MENINOS: (Virando-se
para si mesmos) Uma fada! Nós nunca vimos uma.
NARRADOR:
Tiana trouxe um prato com muitas tortinhas de todas as cores, que pareciam
cochichar.
LUÍS: Ah,
que bonitas! Podemos comer ?
FADA: Mas
é claro! Para isso as fiz.
NARRADOR:
Os garotos se aproximaram do prato para comer uma tortinha quando escutaram uns
murmúrios.
TORTINHAS:
A mim, a mim, comam a mim. Não eu,eu quero ser comida primeira. Shhhhh, calada,
calada.
Disponível em: <http://bancodeatividades.blogspot.com/2009/11/dramatizacao-fada-do-outono.html>.
Acesso em: 11/05/2011.
a) O texto teatral apresenta, em geral,
os mesmos elementos básicos do texto narrativo: fatos, personagens, tempo e
lugar. Quem são os personagens e quais são os fatos?
b) Complete a frase: O
____________________ é o elemento básico do texto narrativo. (p. 75)
c) O que é roteiro? (p. 75)
4.
Observe a pintura de Pedro Weingärtner,
denominada de “Interior do empório” (1882) e responda:
i)
Que
tipo de espaço a cena representa:
a)
Um
comércio, conhecido por empório ou bodega, bem conhecida e freqüentada por
tropeiros, viajantes e pessoas comuns, a fim de se comprar ou mesmo conversar
sobre coisas diárias da comunidade e que representa o Brasil regional do
interior.
b)
Uma
igreja, em que as pessoas se reuniam depois da missa dominical para bordar e
fazer quermesse, como também conversar sobre temas comuns.
c)
Uma
casa de um padre, haja vista que o homem atrás do balcão tem batina preta e um
livro na mão e está em momento de confissão com o homem do balcão.
d)
Uma
central comercial, que representa o comércio informal do século XIX, em que se
tem a dona do comércio produzindo artesanalmente mantas e colchas.
ii)
Podemos
associar o clima entre as pessoas que estão no empório a uma cena
característica das cidades de interior. Por quê:
a)
A
familiaridade entre as pessoas sugere um ambiente onde todos se conhecem e não
fazem muita cerimônia. Geralmente esse tipo de ambiente é mais comum nas
cidades pequenas do interior do país.
b)
A impessoalidade entre as pessoas sugere um
ambiente hostil onde todos se conhecem e fazem muita cerimônia. Geralmente esse
tipo de ambiente é mais comum nas cidades pequenas do sul do país.
c)
A
reciprocidade entre as pessoas sugere um ambiente onde todos se conhecem e não
fazem tanta cerimônia. Geralmente esse tipo de ambiente é mais comum nas
cidades chamadas pólos, no interior do país.
d)
A
cumplicidade entre as pessoas sugere que todas comungam da mesma ideia e que
não fazem tanta cerimônia para isso. Geralmente são ambientes fechados, escuros
e sombrios, comum em cidades do interior do país.
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