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Colégio e Curso Decisão
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Aluno(a):
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Série:
9º Ano
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Turno
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Professor
Marconildo Viegas
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Disciplina
Literatura
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Bimestre
4º
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Data
_____/_____/____
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Leia o texto simbolista
abaixo e responda o que se pede:
Antífona
Cruz e Sousa
Ó Formas alvas,
brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras
Formas do Amor, constelarmante puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas ...
Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
Visões, salmos e cânticos serenos,
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...
Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.
Do Sonho as mais azuis diafaneidades
Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, todas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos cantem.
Que o pólen de ouro dos mais finos astros
Fecunde e inflame a rima clara e ardente...
Que brilhe a correção dos alabastros
Sonoramente, luminosamente.
Forças originais, essência, graça
De carnes de mulher, delicadezas...
Todo esse eflúvio que por ondas passa
Do Éter nas róseas e áureas correntezas...
Cristais diluídos de clarões alacres,
Desejos, vibrações, ânsias, alentos
Fulvas vitórias, triunfamentos acres,
Os mais estranhos estremecimentos...
Flores negras do tédio e flores vagas
De amores vãos, tantálicos, doentios...
Fundas vermelhidões de velhas chagas
Em sangue, abertas, escorrendo em rios...
Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
Nos turbilhões quiméricos do Sonho,
Passe, cantando, ante o perfil medonho
E o tropel cabalístico da Morte...
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras
Formas do Amor, constelarmante puras,
De Virgens e de Santas vaporosas...
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas ...
Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume...
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...
Visões, salmos e cânticos serenos,
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
Dormências de volúpicos venenos
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...
Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.
Do Sonho as mais azuis diafaneidades
Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, todas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos cantem.
Que o pólen de ouro dos mais finos astros
Fecunde e inflame a rima clara e ardente...
Que brilhe a correção dos alabastros
Sonoramente, luminosamente.
Forças originais, essência, graça
De carnes de mulher, delicadezas...
Todo esse eflúvio que por ondas passa
Do Éter nas róseas e áureas correntezas...
Cristais diluídos de clarões alacres,
Desejos, vibrações, ânsias, alentos
Fulvas vitórias, triunfamentos acres,
Os mais estranhos estremecimentos...
Flores negras do tédio e flores vagas
De amores vãos, tantálicos, doentios...
Fundas vermelhidões de velhas chagas
Em sangue, abertas, escorrendo em rios...
Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
Nos turbilhões quiméricos do Sonho,
Passe, cantando, ante o perfil medonho
E o tropel cabalístico da Morte...
1. A preferência pela indefinição e pela claridade são algumas
das características da poesia simbolista. Circule das 2 primeiras estrofes
algumas palavras que comprovam esta afirmação.
2. Que palavras sugerem a atmosfera religiosa bastante comum nos
poemas simbolistas?
3. A musicalidade também é outra preocupação dos simbolistas.
Segundo o eu – lírico, como deve ser a musicalidade do poema?
4. O poema evoca vários elementos que perderão estar presentes
na criação dos seus versos. Esses elementos, vagos, místicos, luminosos e
musicais, devem contribuir para uma poesia objetiva ou misteriosa?
Leia o texto abaixo e
responda o que se pede:
O PODER TRANSFORMADOR DA CULTURA
Por
Herbert de Souza
Primeiro tocou a orquestra. Depois as cortinas se abriram e
comecei a cantar. Tinha nas mãos a letra de Apesar de você, hino da resistência
à ditadura que, em algum momento, todos nós tínhamos cantado nas ruas, nas
praças, nos bares, nas esquinas. Difícil mesmo era entender, sob os holofotes
do Teatro Municipal e à luz da razão, a emoção de estar ali.
Na coxia, mais de quinhentos artistas se preparavam para
entrar em cena e, fosse por música, canto, dança, teatro, começar a mudar este
país. Mudar no imaginário, na fantasia, na criação. Mudar no faz-de-conta, no
palco, na loucura, Mas quanto há de loucura em querer mudar este país?
Durante as cinco horas de espetáculo que se seguiram, mudar
se provou possível. Transformar na fantasia é o primeiro passo para transformar
na realidade, é provar que recriar o Brasil é preciso e possível. Em cada cena,
a arte emocionava, fazia rir, chorar. E cada um de nós, espectadores da
imaginação alheia, nos encantávamos com um espetáculo que, além de todas as
suas proezas, nos mostrava o quanto pode o mundo da cultura.
Estávamos em meados de maio quando, numa primeira reunião no
restaurante do Teatro Municipal, cerca de trinta significativos representantes
de todas as áreas aceitaram o desafio. Fazer arte contra a fome, fazer arte a
partir da fome, fazer fome virar arte. Carregava então a mesma convicção que me
move ainda. A de que um país muda pela sua cultura, não pela sua economia, nem
pela política, nem pela ciência.
Aos poucos,
os artistas começaram a se organizar, discutir, divergir, construir e
reconstruir idéias, vontades, desejos, sonhos. Foram meses de dedicação. Mas,
mais importante do que o tempo entregue a cada discussão foi dedicar cada arte,
cada gesto, cada tom, cada som ao outro, à solidariedade. O gesto de dar, de
entregar, de somar. Não apenas exibir, mas doar e oferecer.
A cultura está entre nós, sempre. É no campo da consciência
que o mundo se faz ou se desfaz, é nesse universo da imagem, do som, da ação,
da idéia. Tudo se resolve na criação. É na invenção que o tempo volta atrás e o
atrás vai para frente. É onde o homem vira bicho, bicho conversa com gente. É
onde eu sou Guimarães, você é Rosa. É onde fica dantes ou tudo muda num átimo.
É onde você se entrega de mãos amarradas ou se rebela de faca no dente. É onde
o silêncio vira pedra ou o grito rompe tudo e esparrama vida por todos os
poros. E onde o riso chora e o choro é o começo da cura.
Foi o mundo da cultura que primeiro aceito o desafio de
mudar. De criar um outro Brasil. Sem pobreza e sem a arrogância dos ricos. Sem
miséria, definitivamente. Um Brasil totalmente simples, mas radicalmente
humano. Um Brasil onde todos comam todos os dias, trabalhem, ganhem salários,
voltem para casa e possam rir, beijar a mulher amada, a filha que emociona,
abraçar o amigo na esquina, se ver no espelho sem chorar pelo que não realizou.
Essa mudança começou a ser feita. Com sons, imagens, ação,
ideias, emoções. Essa mudança começou a ser feita com gente. E gente é, antes
de tudo, cultura. Caldo de gente é cultura. Sumo de gente é essa parte divina
que cada diabo carrega dentro de si. O mundo imaginário é onde, do duelo entre
Deus e o diabo, não é possível prever o resultado. E é pela brecha da cultura
que podemos dar o salto para o reencontro do país com a sua cara. Buscar o que
é grande em cada um, buscar a possibilidade de fazer da felicidade o pão nosso
de cada dia. É esta a vida e a nossa busca. É esta a fome e a nossa morte.
A cultura apareceu para construir no campo arrasado, para
levantar do chão tudo que foi deitado. E descobrir, enquanto é tempo, que o
importante é ser cidadão, é ser gente. O que importa é alimentar gente, educar
gente, empregar gente. História é gente. Brasil é gente. E descobrir e
reinventar gente é a grande obra da cultura. Uma obra que será nossa. Será
porque a cultura continua a pensar, discutir, reunir, transformar. A arte sabe
e quer dizer mais, muito mais. A arte tem o poder de transformar, nem que seja
primeiro na ficção, na imaginação.
Terminando o espetáculo, de volta aos bastidores, o mundo da
cultura está desafiado a continuar pensando, fazendo, mexendo, revolucionando.
Até aqui, foi grande. Mas o grito deve ecoar sem parar, o gesto feito deve
continuar, entrelaçando ações, abraçando em solidariedade. Uma nova consciência
deve criar o mundo novo e enterrar a miséria e a exclusão para sempre. Uma
cultura que busque no fim de cada atalho uma reta. Que busque em cada ponta de
sofrimento uma alegria. Que busque em cada despedida o reencontro. O Brasil
está aí para ser criado, recriado. Essa criação apenas começou. E a ação de
criar e recriar é a nossa cultura.
Disponível em: <http://redefap.org.br/index.php/rede/search/browse?sort=latest&filter=stu&start=20>. Acesso em: 28 de outubro de 2012.
5.
O texto começa com uma descrição. O que o autor descreve?
6.
Onde o autor do texto está?
7.
Por que a arte é tão importante no processo de transformação
da realidade?
8.
Relendo o título do texto: “O poder transformador da
cultura”. O que o autor entende por cultura?
9.
Qual é o grande poder da cultura, segundo por autor?
Leia o texto abaixo e
responda as questões propostas:
10. O
que falta no mostrador do relógio?
11. A
função de um relógio é marcar horas. No relógio em questão, o que existe no
lugar das horas?
12. A
que horas corresponde a desculpa que responsabiliza os próprios brasileiros
pelo atraso?
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